Domínio
Naquela noite fria de inverno, eu não pensava em outra coisa, a não ser estar com você. Você andara tão diferente, eu não fazia ideia do motivo, mas você não estava normal. O telefone continua intacto, pois a única pessoa que me liga é você. A sala continua vazia e fria, pois a única pessoa que a esquenta, é você. Deixe-me ouvir tua voz branda novamente?
Naquela noite, o vento bateu com toda sua força em minha janela. A lareira não quis ficar acesa. Com voracidade, todos os sentimentos que eram jogados ao ar pelas pessoas da cidade, foram de encontro com a minha porta. Senti tantas coisas que não consigo distinguir os sentimentos, eram algo inexplicáveis e acho que ninguém no mundo se sentiu daquele jeito.
Já havia passado da hora de você chegar e me fazer voltar ao mesmo estado normal, mas onde você estava? Não supriu minha carência de sorrisos que vinham da sua boca.
Não respondia mais minhas mensagens, muito menos veio aqui em casa dar um fim na minha dor.
Mas demorou para cair a ficha que você nunca mais voltaria. Maldito carro! Não conseguiria viver sem você, pois eu vivia pelo o que existira dentro de você.
Agora você está sem movimentos, sem saber o que fazer. Na verdade você estava morta e eu morto aos teus pés.