Noites de tormentos

Sempre ao vislumbrar o dia, o jovem Hurick conseguia descansar eis que findava a noite e com ela seus tormentos podendo ele então respirar, eram às noites sempre dotadas de intensa nostalgia, pois ele pensava tanto que dormir não conseguia e curiosamente para sorrir esperava o dia despertar.

Fechar os olhos era deixar de existir imaginava Hurick que quem dorme muito vive pouco, por isso as madrugadas teve que defluir: em solidão, tristezas e pensamentos. Até que o dia junto com o sol pudesse sair, mas eram agora arrastadas, tristes e acusadoras e a sensação de que estava só era cada vez mais íncola em si.

Tinha Hurick em sua alma o maior dos questionamentos, como poderia estar ele só? Se ela seu amor, Bela flor, estava sempre ao seu lado e ele sempre a levará em si e no seu pensamento! Mas apesar de perto, estava Bela flor distante e talvez Hurick não fosse mais para ela sinônimo de amor.

Para Hurick apenas o amor é a saída para extinguir os tormentos que existem em sua vida, só o amor da sua amada, Bela flor. Ele tinha muito medo de perdê-la, pois Bela flor era para ele sua maior conquista a definição do que é amor.

Não sabia se fruto da sua imaginação ou se pelos acontecimentos notava Hurick uma desproporcionalidade, eras relativas às verdades fazendo com que as desinteligências entre ele e Bela flor os afastasse ameaçando assim a durabilidade do amor.

Como se não bastassem todos os temores iniciava-se mais uma vez á noite e com ela vinha a tona uma imensidão de pensamentos e com eles a definição de que amar é o maior dos tormentos e não amar é a pior dor.

Elisérgio Nunes

Elisérgio Nunes
Enviado por Elisérgio Nunes em 06/09/2013
Reeditado em 11/09/2013
Código do texto: T4470027
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