Espelhos da vida
Na última semana tive vontade de sair de ti
procurar olhares novos,um balanço de quadril
inocente,quem sabe.
Na idade que estou,as coisas morrem,na idéia,
precisaria de um sutiã para levantar os pensamentos
arejar o cérebro,como a mulata do Ziraldo e seu vasto
e conhecido atributo nacional,está fazendo falta.
Um osso para que não tem mais dentes,esse sorriso foi sem avisar.
Nesses anos todos em que estamos juntos,fui egoísta,
confesso,pensei pouco em ti,agora mesmo,escrevo sobre a vida
que não tive contigo,mas a vida que tu deixou de ter por estar ao meu lado,todos esses anos,ninguém te perguntou,é verdade.
Não me atreveria a te perguntar,teria medo da resposta,ou da mentira,que soaria em meus ouvidos,meu coração não entenderia
a tua insatisfação,e o pouco tempo que tenho para te pedir desculpas,me mataria,por não ter sido o que tu sempre esperou de mim.
Sou mais egoísta agora,virando as costas aos teus desejos,
anseios,verdades que não percebi,seríamos tantas coisas,nessa nossa vida,se não ficássemos de costas para o espelho,se tivéssemos encarado a verdade,quando o amor foi embora.Teríamos sidos mais autênticos,felizes e mais verdadeiros.
Hoje somos amparos para a morte,quem ganhar essa corrida,dará um sorriso de libertação,será enfim feliz.Quem chegar primeiro,deixe o outro bem bonito,para conquistas no lado de lá,vida após a . . . ou para a reconquista de quem está aqui,ainda.