Cantando um conto encantado
"Avião sem asa
Fogueira sem brasa
Sou eu assim, sem você
Futebol sem bola
Piu-Piu sem Frajola
Sou eu assim, sem você..."
Ao som de Claudinho e Buchecha, vejo a cena bacana de um filme onde dois jovens se apaixonam. Como não poderia deixar de ser, é sobre um amor difícil, de classes sociais, de preconceitos...se fosse fácil não haveria argumento para um filme. A fotografia é linda, mas como já era previsto desde Romeu e Julieta, a história termina em tragédia.
E se o pai da menina rica tivesse se despido dos preconceitos e investido no menino pobre?
Em uma churrascaria barulhenta, comemorando o dia dos pais, ele conta para os meninos depois que o garçom passa oferecendo pedaços de frango ao champagne na chapa...
- Eu e meus amigos já pescamos galinhas quando estávamos na escola!!!
Estudei algum tempo em um internato patrocinado pelo governo, minha mãe me colocou lá por medo das más companhias nas ruas onde morávamos. Era um prédio de tres andares, com dormitórios enormes, uns trinta e poucos alunos por quarto e banheiro coletivo.
Algumas galinhas fugiam do terreno vizinho e ficavam ciscando lá embaixo, sob a nossa janela. Pegávamos os cabos de vassoura, amarrávamos barbantes , clips como anzol e pedaços de cenoura ou o que tivesse e esperava a galinha comer!
Hahaha, eu era muito moleque!
"Tô louco prá te ver chegar
Tô louco prá te ter nas mãos
Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço
Que falta no meu coração...
Eu não existo longe de você..."
(Fico assim sem você - Claudinho e Buchecha)
*Sobre as galinhas - Limpavam lá no banheiro. Sorrateiramente, chegavam até à grande cozinha (os funcionários iam embora após o jantar) e cozinhavam na panela com água. Nas palavras dele, o importante não era o gosto, o importante era o sabor da aventura.
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