PALAVRAS CRUZADAS
“Coloca estampilha na carta” — SELA— Naquela carta não precisaria colocar selo. Iria entregá-la em mão. Mas, de qualquer modo, ele jamais recebeu. Hoje, sabe que foi melhor assim. Nela estavam contidos sentimentos do amor que se pode dedicar a um homem, quando tem se apenas dezoito anos de idade.
— Quando chegar ao colégio, irei entregar. Será que terei coragem? Como irá reagir? Minhas pernas ficam bambas e tremem somente em pensar. E se ele rir de mim, se zombar dos meus sentimentos?
Chegou mais cedo. Sentou-se no lugar de costume e aguardou. Não tirava o olhar da porta. A qualquer momento ele entraria. O coração em descompasso.
“Aquele que ensina” — PROFESSOR — entrou e iniciou a aula. Não ouvia nada, pensando no momento em que o amado chegasse.
“Critério usado no preconceito social” — CLASSE — ficou vazia. Era uma ausência que lhe fazia doer.
— Por que não veio? Logo hoje que tomei a decisão de confessar-lhe meu amor.
“Porém, contudo” — MAS — não chegou. Não mais foi à aula nem nos outros dias. Havia mudado para outra cidade.
“Queimor” — ARDUME — sentia no coração, como se estivesse ferido. Era uma dor dilacerante, sem remédio.
“(?) Van Halen, músico dos EUA” — ALEX — jamais recebeu a carta, a confissão de amor da jovem adolescente.
“Flor-símbolo do Escotismo” — LIZ — foi vivendo sem o amor de Alex, sem vê-lo, sem saber onde estava, nem ter notícias.
“Sensação de gosto” — PALADAR — perdeu-o por algum tempo. Em sofrimento, perdia o peso e a alegria. Nada mais tinha importância sem Alex.
“Ave protegida pelo IBAMA” — ARARA — era a figura que ganhara do rapaz e conservava junto ao coração. Era a única coisa real que restara dele.
“Veículo-símbolo da integração nos EUA” — TREM — foi viajando nele que recebeu notícias de Alex. Estava na guerra, distante.
Mais uma vez, anos depois, voltou a ter notícias.
“Retaliação comum em uma guerra” — REPRESÁLIA — havia acontecido com o pelotão no qual combatia e o amado encontrava-se numa situação difícil, sem condições de voltar para a pátria.
Sofria, mas nada poderia fazer. Alex não soubera do seu amor. Estava distante, talvez precisando dela.
“Característica da sobrevivência” — LUTA — nela o rapaz teve de enfrentar um inimigo. Foi vencido.
“A testa” — FRONTE — foi onde o tiro atingiu-o. Morte instantânea. Deixou a vida em terra estranha, longe dos que amava e cercado por inimigos.
“Comida deixada nos pratos” — RESTOS — mortais estavam sendo velados na Capital. Liz foi vê-lo, para um último adeus.
Levava a carta que conservara por tantos anos e
“Barco a (?)” — VELA — para iluminar o caminho daquele que partiu sem saber do seu amor.
“Segredo do (?)” — ABISMO — era onde parecia cair, quando o caixão do jovem desceu à sepultura.
“Órgãos responsáveis pela visão” — OLHOS — manteve-os fechados. Não queria que fosse a última visão que conservaria de Alex.
“Rio que corta o Espírito Santo” — DOCE — era a imagem que queria conservar dos momentos em que, cabeças quase coladas, debruçavam-se sobre os livros, enquanto ela vibrava de amor.
“Coloca estampilha na carta” — SELA— Naquela carta não precisaria colocar selo. Iria entregá-la em mão. Mas, de qualquer modo, ele jamais recebeu. Hoje, sabe que foi melhor assim. Nela estavam contidos sentimentos do amor que se pode dedicar a um homem, quando tem se apenas dezoito anos de idade.
— Quando chegar ao colégio, irei entregar. Será que terei coragem? Como irá reagir? Minhas pernas ficam bambas e tremem somente em pensar. E se ele rir de mim, se zombar dos meus sentimentos?
Chegou mais cedo. Sentou-se no lugar de costume e aguardou. Não tirava o olhar da porta. A qualquer momento ele entraria. O coração em descompasso.
“Aquele que ensina” — PROFESSOR — entrou e iniciou a aula. Não ouvia nada, pensando no momento em que o amado chegasse.
“Critério usado no preconceito social” — CLASSE — ficou vazia. Era uma ausência que lhe fazia doer.
— Por que não veio? Logo hoje que tomei a decisão de confessar-lhe meu amor.
“Porém, contudo” — MAS — não chegou. Não mais foi à aula nem nos outros dias. Havia mudado para outra cidade.
“Queimor” — ARDUME — sentia no coração, como se estivesse ferido. Era uma dor dilacerante, sem remédio.
“(?) Van Halen, músico dos EUA” — ALEX — jamais recebeu a carta, a confissão de amor da jovem adolescente.
“Flor-símbolo do Escotismo” — LIZ — foi vivendo sem o amor de Alex, sem vê-lo, sem saber onde estava, nem ter notícias.
“Sensação de gosto” — PALADAR — perdeu-o por algum tempo. Em sofrimento, perdia o peso e a alegria. Nada mais tinha importância sem Alex.
“Ave protegida pelo IBAMA” — ARARA — era a figura que ganhara do rapaz e conservava junto ao coração. Era a única coisa real que restara dele.
“Veículo-símbolo da integração nos EUA” — TREM — foi viajando nele que recebeu notícias de Alex. Estava na guerra, distante.
Mais uma vez, anos depois, voltou a ter notícias.
“Retaliação comum em uma guerra” — REPRESÁLIA — havia acontecido com o pelotão no qual combatia e o amado encontrava-se numa situação difícil, sem condições de voltar para a pátria.
Sofria, mas nada poderia fazer. Alex não soubera do seu amor. Estava distante, talvez precisando dela.
“Característica da sobrevivência” — LUTA — nela o rapaz teve de enfrentar um inimigo. Foi vencido.
“A testa” — FRONTE — foi onde o tiro atingiu-o. Morte instantânea. Deixou a vida em terra estranha, longe dos que amava e cercado por inimigos.
“Comida deixada nos pratos” — RESTOS — mortais estavam sendo velados na Capital. Liz foi vê-lo, para um último adeus.
Levava a carta que conservara por tantos anos e
“Barco a (?)” — VELA — para iluminar o caminho daquele que partiu sem saber do seu amor.
“Segredo do (?)” — ABISMO — era onde parecia cair, quando o caixão do jovem desceu à sepultura.
“Órgãos responsáveis pela visão” — OLHOS — manteve-os fechados. Não queria que fosse a última visão que conservaria de Alex.
“Rio que corta o Espírito Santo” — DOCE — era a imagem que queria conservar dos momentos em que, cabeças quase coladas, debruçavam-se sobre os livros, enquanto ela vibrava de amor.