O amor de Helena
Foi na festa do município, durante a apresentação musical de uma dupla sertaneja que Helena e Eduardo se encontraram. Estavam lado a lado curtindo muito a música, dançavam pulavam, quando sem querer se olharam, foi como se a festa terminasse ali. Iniciaram um diálogo se apresentando, ele a convidou para conversarem num lugar mais tranqüilo ela aceitou, saíram para a praça longe da multidão, conversando como se há muito já se conhecessem. Ele meio tímido, perguntou baixinho: quer ser minha namorada?Ela aceitou imediatamente. De mãos dadas caminharam até o portão da casa de Helena, combinando de sair no final da semana. Passados meses, eles se encontravam todos os dias então combinaram que ficariam noivos, as famílias foram apresentadas e concordou, o noivado seria no sítio dos pais da noiva. Estavam muito apaixonados, já não viviam um sem o outro, passeavam pelos arredores da cidade onde havia uma alameda florida; o sol da manhã filtrando por entre as árvores iluminava brandamente os amantes, davam-lhes uma sensação inebriante de felicidade. Planejava o futuro, os filhos que gostariam de ter, pensavam em uma casa com jardim perfumado como o que estavam sentindo. Duas semanas se passaram todos reunidos para o almoço de noivado, o pedido feito e aceito, seguiram-se as comemorações, todos diziam: Eles formam um lindo par, serão felizes! No fim do dia os convidados já haviam se retirado, ficando só a família. A noite era um deslumbre lua cheia, sentados na porta da sala contavam as estrelas sob a luz do luar, tudo parecia mágico, beijaram-se longamente. Na manhã seguinte todos voltavam para suas casas, seus afazeres, Eduardo viajou a negócio. Helena aproveitou para finalizar o enxoval, atarefada com os preparativos ouviu a campainha tocar, foi atender não encontrando ninguém, aborrecida já fechava a porta quando viu um envelope no chão, apanhou estava endereçado a ela, abriu, era uma carta anônima dizendo que seu noivo tinha mulher e filho numa cidade próxima, atordoada sem saber o que pensar, trancou-se no quarto. O choque foi brutal. Ela estava paralisada nem conseguia chorar. Sua mãe preocupada em vão chamava-a na porta quando o pai chegou e depois de diversas tentativas para que abrisse, derrubou-a encontrando a filha desmaiada com a carta entre os dedos, chamaram o médico que a reanimou dizendo que não se preocupasse, ela ficaria bem.
Os pais decidiram verificar a veracidade daquela informação, para desgosto de todos havia mesmo outro romance na vida do rapaz, ele tentou explicar fez juras que deixaria a outra, pois a amava, não poderia viver sem seu amor, Helena não aceitou não podia aceitar, seu amor sincero e firme não mereceu a confiança de seu amado, porque ele escondera tal fato? Foi prova de que ela o amou mais não foi amada. E Assim, pois fim àquele amor, guardando em seu peito as lembranças, os sonhos, os projetos de um amor intenso e verdadeiro, mais que era somente seu.