Amor que mata

Aos 70 anos, sentada em uma praça, ela sorrir meio débil, vendo as avós brincar com os netos... De repente um perfume que vai a alma, as lágrimas caem, ela as enxuga na manga da blusa...

Ouve um sussurro:

-Você vem sempre aqui?

Diante dela, um jovem sorridente... olhar de fogo... boca carnuda...

-Às vezes...

- Cadê o namorado?

- Está com outra...

- Babaca...

Em pouco tempo, as almas se falaram. Era o amor que pela primeira vez batia a sua porta...Entregou-se aos meses de namoro e fantasia... já não sabia o que era dia ou noite... Os pássaros cantavam para ela, o jardim estava florido e a vida estava perfeita.

Não podiam mais viver um sem o outro. Ele a escrevia cartas de amor, poemas...

Ela embarcou no sonho...

Após o casamento, ele não a deixava ver as amigas, não queria filhos, não a deixava sair de casa, não iam à praia... A tristeza foi dominando

o coração dela... Os anos passaram, o amor dela amentava, mas a solidão e a desilusão dilaceravam sua alma...

Foram felizes para sempre... Ela não teve filho, isolou-se do mundo...

Hoje aos 70 olha o mundo que não teve, porque o amor É um contentamento descontente/ É dor que desatina sem se ver ... É ter com quem nos mata lealdade...

valene
Enviado por valene em 30/05/2013
Código do texto: T4317622
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