ELA CAMINHA
Ela caminhava, rumo a vida de mais um dia.
Nutria sonhos, sentia o vento da manhã, sorria da cena e caminhava.
Não. Não estava feliz. Mas aguardava a felicidade.
A dor do engano ainda machucava, mas aos poucos se recuperava.
Até que... Alguém ofereceu um “Bom dia”.
Ele aceitou.
“Será ele?” pensou.
Afinal, muitas amigas falavam sobre sonhos, namoros, noivados e futuros casamentos.
E ela, ainda sofria a dor do engano.
Mas agora tinha um “Bom dia” de alguém.
Retribuiu o “Bom dia” como se abrisse a porta para algo novo.
Aquela conversa prosseguiu em outros dias e lugares.
“Seria ele?” Pensou mais uma vez.
Atencioso.
Carinhoso.
Protetor.
Até que... Um beijo.
Depois... Outro beijo.
Pronto. Sonhou de novo.
Planejou de novo.
E... Se entregou, de novo.
Viveu cada momento com o melhor que tinha em si.
Até que uma pergunta surgiu: “Vamos conhecer minha família?”
“Depois”... Do quê? Pensou.
O tempo passou. A cama não.
O sonho continuou alimentando a esperança.
Perguntou de novo: “Vamos conhecer minha família?”
Desta vez, a resposta: “Não. Não penso em nada sério”.
O mundo desabou de novo.
A musica, silenciava de novo.
Sofria de novo.
Agora, chorava a lágrima de “Não ser” de novo.
Agora, ela caminha ao som da vida.
Quem sabe encontra?
“Não”... Até quando?
Até quando?