To her.
Eu não te conheço, na realidade nem sei se você existe, mas sonhei com você. Eu estava no meio das árvores e você perto do rio. O sol brilhava forte e a brisa era leve. Então você levantou e me viu. Tentei fugir, corri por entre as árvores. Subi em uma mas caí. Você se aproximou e perguntou quem eu era. “Mas eu que te pergunto, tu que é a invasora do meu sonho!”. Você não respondeu, só estendeu seu braço e me ajudou a levantar. Quando tu encostou seus dedos nos meus… nossa, foi mágico. Sabe aquela sensação de quando a gente bate o cotovelo? Encostar em você foi assim. Nós apostamos corrida, pulamos no rio, arrancamos maçãs do pomar, sentamos e por um tempo ficamos apenas nos encarando. Trancei seu cabelo, você afagou o meu… e então você sumiu. Te procurei e não achei. Quando fui gritar seu nome é que percebi que não o sabia. É por isso que estou escrevendo isso, vou colocar embaixo do meu travesseiro na esperança de que você volte, pelo menos para dizer seu nome. Quem sabe assim te encontro na vida real?
Espero te ver de novo esta noite.
- Para a menina do meu sonho.