'Daqueles travesseiros macios e calmos' .
Ela estava decidindo aonde deitar. Estava pedindo carinho, pude ver a ternura em seus olhos. Sempre foi bem branquinha como a neve, e possuía poderosos olhos azuis claros. Me contentava com eles como sua demonstração de amor. Ria aos dias em que em pleno sono, se mantinha com os olhos abertos para ver o que eu estava fazendo. Curiosa ? Sempre foi. A todo momento e todo dia. Mas ela era assim, e ninguém deve julgar nenhum ser além de si mesmo.
Nunca ligou as tantas vezes que enchi sua paciência com brincadeiras afetuosamente irritantes e bobas. Nunca irei esquecê-la.
Talvez posso possuir mágoas, afinal todos possuem, mas possuo também paz dentro desse frágil corpo que minha alma habita e que por muitas vezes quis ir para outro casulo bem mais bonito e doce.
Engraçado em que todos os momentos em que decidia descansar em meu quarto, preferia o algodão daqueles travesseiros macios e calmos.
Podia sentir a raivinha e o amor que predominava em seus olhos quanto a minha pessoa que a amava profundamente.
Nunca irei esquecê-la, meu doce amorzinho.
Esclarecendo dúvidas alheias, esse texto não foi escrito a um amor humano para outro humano, e sim a um amor humano para um felino. Mas se a tu, a carapuça serviu, levastes este texto como lembrança de algum grande amor.