Marina iniciou o seu trabalho com bastante garra. Muita vontade de aprender, ficava horas estudando os casos dos clientes que buscavam fazer seus negócios alugando, comprando ou fazendo trocas de imóveis.
Pessoa comunicativa e simpática, atendia a todos com carinho, sem preconceitos e servem servindo ela mesma um cafezinho ou água para as pessoas.
Aos poucos foi fazendo amizade com todos e formando a sua própria carteira de clientes, pois com seus conhecimentos de Direito, orientava os clientes devidamente,deixando apenas os casos mais complicados e exigentes para a equipe profissional.
Essa atitude chamou a atenção da gerência que passou a oferecer um número cada vez maior de pessoas para a moça.
A jornada de Marina era um pouco cansativa, pois com a distância de duas conduções, saía muito cedo e chegava bem tarde em casa, mas era recompensada pois não trabalhava aos sábados e assim tinha o fim de semana par reorganizar sua vida.
Numa dessas negociações em que foi escolhida para mostrar uma residência a um cliente, que Mariana pensou pela primeira vez em mudar de ares. Com as venda concretizadas, as suas comissões iriam aumentar, melhorando assim seu salário.
Após seis meses de trabalho pensou em comprar um carrinho, mas isso implicaria primeiro frequentar uma auto-escola, o que lhe dificultaria ainda mais o seu horário de volta para casa.
Um dia, Marina estava analisava um pequeno processo de aluguel de uma propriedade quando dela aproximou-se o Garcia, advogado experiente, mais velho que ela e que vinha observando o seu trabalho todo aqueles tempo.
Esperto, resolveu fazer um teste com  a moça. Voltou a seu escritório e pegou um processo que envolvia um caso de uma propriedade de família em que os desentendimentos impediam a negociação da mesma pela imobiliária. Assim Garcia resolveu pedir Marina que analisasse o caso e apresentasse um relatório com pelo menos três soluções a serem apresentadas a família.
Sem permissão de retirar papéis importantes da firma, Marina mergulhou na análise de tudo, fazendo as anotações devidas para o relatório.
Quinze dias depois, a moça, com o coração aos saltos apresentou o trabalho concluído para Garcia.
O advogado, mostrando um descaso meio velado, pegou o material e levou consigo. Não iria mostrar para ela o seu real interesse pela resposta.
À tarde naquele mesmo dia a moça foi chamada ao escritório de Garcia e lá se foi, preocupada.
O advogado, com um sorriso bem amigo, convidou-a para sentar.
A moça aguardou a resposta que logo veio.
Marina, disse Garcia, eu estou realmente impresssionado com o seu trabalho. Gostei das medidas da sua proposta aos clientes e tenho certeza de que eles também gostarão.
Assim, farei uma apresentação à família na sexta-feira à tarde e gostaria que você estivesse presente para expor suas idéias.
Marina quase não acreditou no que ouviu, chegando às lágrimas. Garcia, fazendo-se de durão, fingiu que não viu e dispensou a moça.
Quando saiu, Marina não pode observar que Garcia ficou com um bobo sorriso nos lábios.
Na sexta-feira, Marina chegou muito elegante na firma, sendo notada e elogiada pelos seus colegas, que assoviavam e brincavam com ela. A moça, tímida, não tinha mais aonde corar, pois já estava mais acostumada com esse procedimentos nas pessoas, principalmente nos homens, depois do malfadado casamento.
De acordo com os planejamento de Garcia, tudo correu perfeitamente, com finalmente a família resolvendo por colocar a propriedade à venda, o que resultaria numa boa comissão para os envolvidos.
Após a cansativa tarde de trabalho, Garcia convidou Marina para tomar uma bebida,seguida por um jantar e não aceitou um não como resposta, prometendo levar a moça para sua cidade depois.
Como a distância de carro não seria muita Marina aceitou.
Após esse jantar, seguiram-se outras saídas com Garcia e Marina começando a se entender bem.
Uma noite dessas, Garcia perguntou a Marina porque ainda não havia comprado um carro, e a moça respondeu que nunca aprendera a dirigir e com o trabalho as outras coisas foram ficando esquecidas.
Garcia, lhe fez mais algumas perguntas e depois, como quem não quer nada, disse.
Porque você não se muda para cá,já que lá em Cachoeiras não há mais nada que a prenda.
Marina disse-lhe que também está começando a pensar assim, pois agora na imobiliária há possibilidades de vender sua casa por um preço justo que possibilite a compra de uma outra.
Garcia fechou o assunto dizendo que está à disposição para ajudá-la com essa negociação e que os serviços seriam por conta da firma.
E assim iniciou-se uma negociação da casa que na realidade nada mais é que o nascimento do amor entre os dois.
Hoje Maria e Garcia são advogados da própria vida e da própria história que nasceu entre eles.

FIM

Estrela Radiante
"imagem do Google"
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Bom dia amigos Recantistas
Fiquem com Deus.

Ofereço esse conto a todas as pessoas que acreditam no amor. Acreditam, como eu. que a vida pode recomeçar mesmo depois das tempestades da vida.

Abraços carinhosos

Regina Madeira
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Regina Madeira
Enviado por Regina Madeira em 30/04/2013
Reeditado em 30/04/2013
Código do texto: T4266626
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