Daquele momento que sabiam roubado até a lua enciumou-se... Permiti-me deixar fluir da voz a lágrima engolida, feita murmúrio, embalado por sua pela quente de nossas vontades reaprendidas, num enlace intenso e ritmado, num sentir agudo que continha vidas e mares, desertos e violinos, dobras de corpos e seios túrgidos como frutos maduros. E sonhos. Muitos sonhos. E murmurou-me –fica comigo. Não vás.... como se me desenhasse nas palmas das mãos cravadas às minhas costas o destino fugidio que estava ali... à distância do ficar...
Num porto de abrigo aninhei-a, guardando-a nos olhos com a ternura de sucessivos sobressaltos no refúgio da arca aberta sem fechaduras, caminhos cruzados marcando-nos em silêncio rumoroso ferro-fogo-impiedoso,, horizontes líquidos, sussurros sem muros.
 
Byülki
Enviado por Byülki em 05/04/2013
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