MEU VÍCIO É VOCÊ!
 
 
Não é referência às músicas já consagradas por Nelson Gonçalves e Alcione, é apenas a declaração de um casal que em busca da sua felicidade encontrou em alguém a paixão, o amor e a vontade de viver para poder realizar esse sonho incontrolável de ser feliz.
Após viver alguns amores na vida, já meio que sem rumo em relação à mulher tão desejada. Que nunca chegava e, por vezes envolto em pensamentos de desistir, querendo viver somente para os filhos do relacionamento passado. Encontrou meio que por acaso com aquela que poderia vir suprir todos os seus desejos de uma companheira. Mesmo ainda não podendo afirmar com todas as letras que ela é a mulher ideal decidiu apostar suas fichas naquela “máquina”, quem sabe no jogo da vida acertaria em cheio e sendo assim, ser feliz e terminar seus dias ao seu lado.
Por sua vez a então novidade na vida do personagem veio com força, arrebatando de vez com um coração sofrido, porém, cheio de amor pra oferecer. Uma mulher experiente na vida, acostumada a desafios, guerreira, sem medo de ser feliz, e apesar do pensamento anterior de nunca mais querer alguém, reconheceu que na vida tudo pode mudar, inclusive, sua forma de pensar em relação a uma companhia. Afinal de contas ninguém quer terminar seus dias sozinho, pois se assim for, a vida de nada adiantou, pois fomos feitos pelo amor de Deus e como tal devemos receber e dar todo amor para os outros, de preferência um amor incondicional para alguém que possa se sentir amado e, se querendo, lhe retribuir na mesma moeda.
Nas preliminares do amor entre os dois, refiro-me às primeiras conversas, as discussões sobre gostos e desejos, suas formas de verem a vida, seus ideais, seus conflitos, quase em tudo se parecem, até concordarem que essa história que os opostos se atraem nada mais é que um conceito físico e não de pessoas. Ele por sua vez cita uma das falas do povo, embora em tom de brincadeira, mas carregada de razão, dizem que: “o encontro de homem inteligente e mulher burra dá um caso; mulher inteligente homem burro dá produção independente; homem e mulher burros dá em casamento e por fim, homem e mulher inteligentes dá um lindo romance.” Se certos forem os ditos popular e, considerando já terem demonstrado suas capacidades de raciocínio lógico, QI acima da média deverão viver o sonho de muitos, permitindo um ao outro a felicidade tão desejada. Quanto à duração da felicidade somente vivendo o romance para depois nos contarem.
Convictos dos seus desejos amorosos vivem a fazer declarações um para o outro, mas muitas “brigas” já tiveram, volta e meia estão discutindo sobre pontos de vista o que em nada muda os seus sentimentos, e na maioria das vezes ao final dizem que é melhor discutir tudo que pensam antes, do que deixar pra depois e alguém vir se decepcionar com o outro. Ele como homem e de quando em vez esquece que tais discussões apenas contribuem para um melhor entendimento, esclarecendo por definitivo o que cada um pensa em relação a determinado assunto.
Ao que parece esse será um relacionamento duradouro, de não conivência com o outro, discordando, porém, respeitando o outro em sua forma de ver a vida. Ela é perfeita em conduzir até as “brigas” quando percebe que vai para o lado destruidor contorna com palavras doces e deixando seu companheiro sem motivo para continuar uma discussão que em nada vai contribuir para melhorar a convivência.
Os dias passam e com ele aumenta o que cada um sente pelo outro, o que de certa forma é invejado por terceiros que sabem da relação, chegando aos comentários que ele está com uma melhor aparência e ela mais alegre e sorridente. O romance vivido por ambos está a todo vapor, principalmente no tocante a falarem entre si sobre os seus sentimentos, suas incertezas, seus sonhos. Um dos pontos mais notados é afirmarem um para o outro que estão viciados em sua relação, não conseguem esquecer um do outro, em suas tarefas diárias são pegos a todo instante lembrando um do outro, um fato, um detalhe, sempre os remete aos seus vícios, que como dizem um ao outro: meu vício é você, e espero que não tenha cura, enquanto vida tiver...