Tentação (parte XI ) ( continuação do capítulo anterior)
Silveira tentou fazer que não tinha visto a cena, olhou para o outro lado e seguiu em frente se embrenhando entre as árvores que margeavam a pequena praia, mas, foi tudo em vão, Maria Rosa já havia saído e postou-se à sua frente, fazendo balançar um galho de pé de araçá:
- Está fugindo de mim, patrãozinho ?
- Não, Maria Rosa, aqui estamos muito perto da Casa Grande, podemos ser vistos, é muito perigoso...
- Nessa hora, quem virá aqui?
- Está calor, alguém poderá querer se banhar, vá, coloque sua roupa, menina, não vamos fazer loucuras...
- Maria Rosa estava vestida somente com a proteção da calcinha, o busto nu, mostrava os seios volumosos e rijos. Seus olhos perceberam os olhos de Silveira olharem em direção aos seus seios e encostou-se nele, seus braços abraçaram Silveira que se sentiu impotente, cedendo relutantemente à tentação :
- Não, Maria Rosa, aqui não é prudente, estamos perto da Casa Grande, eu te procuro depois.
- A minha cabana é muito mais vulnerável...Tem as outras cabanas ao lado, o risco é maior... Porque não aqui e agora? Eu quero, e o senhor também quer...
Enquanto falava, falava, falava, suas mãos apalpavam Silveira, deslizavam do pescoço para o peito, desciam e cobriam-no de carinhos. Quando ela percebeu que ele estava sob seu domínio, começou a desabotoar a sua roupa, a despi-lo e a se deitar na grama, abrindo as suas pernas e convidando-o para amar e ser amado.
O sol se escondeu para não presenciar o êxtase em que ambos se sucumbiram. Além do gozo, ela pela ostentada tentação, e ele, pela tibiez e fraqueza.
Quando voltava, sozinho para casa, Silveira abominava o seu comportamento, estava vivendo uma crise de identidade, se por um lado sabia que tudo aquilo era errado, por outro, o erro o atraía. Parecia que estava amarrado a uma maldição, aquela mulher o atraía, como a cobra atrai o sapo... Ele se sentia uma presa.
Ele, que era o senhor, estava subjugado, não conseguia sair daquela armadilha. Lembrou-se que ela lhe falara das forças da natureza, das energias misteriosas das águas, da terra, do ar e do fogo, será que ela não preparara para ele aquele elixir para deixá-lo sob os seus domínios?
Essas tribos africanas manuseavam essas forças do mal, será que Maria Rosa não seria uma iniciada nessas artes?
Seu pensamento estava rico nessas elucubrações quando subiu a escadaria da varanda que dava acesso à sala. Ana Luiza estava sentada na cadeira de balanço tricotando uma blusa, já sob a luz da lamparina.
- Voltou tarde, meu senhor...
- Fui até ao rio com o Moacir, estávamos decidindo sobre as obras que vamos iniciar para trazer a água para a Casa Grande.
Com ares de deboche, ela redarguiu:
- Pela demora pensei que o senhor tivesse ido ao Rio de Janeiro... E o que decidiram?
- Vamos iniciar as obras dentro de uma semana.
- Que bom, teremos água em casa...
À noite, Ana Luiza encostou-se em Silveira, jogou suas pernas sobre as dele, mas Silveira alegou que estava com dor na coluna, devia ser por causa do esforço que fizera movimentando os galhos de árvore na beira do rio, pediu que ela lhe desse um chá para aliviar suas dores.. E foram dormir. De manhã, Silveira alegou que as dores ainda o incomodavam...
(continua no próximo capítulo)
Silveira tentou fazer que não tinha visto a cena, olhou para o outro lado e seguiu em frente se embrenhando entre as árvores que margeavam a pequena praia, mas, foi tudo em vão, Maria Rosa já havia saído e postou-se à sua frente, fazendo balançar um galho de pé de araçá:
- Está fugindo de mim, patrãozinho ?
- Não, Maria Rosa, aqui estamos muito perto da Casa Grande, podemos ser vistos, é muito perigoso...
- Nessa hora, quem virá aqui?
- Está calor, alguém poderá querer se banhar, vá, coloque sua roupa, menina, não vamos fazer loucuras...
- Maria Rosa estava vestida somente com a proteção da calcinha, o busto nu, mostrava os seios volumosos e rijos. Seus olhos perceberam os olhos de Silveira olharem em direção aos seus seios e encostou-se nele, seus braços abraçaram Silveira que se sentiu impotente, cedendo relutantemente à tentação :
- Não, Maria Rosa, aqui não é prudente, estamos perto da Casa Grande, eu te procuro depois.
- A minha cabana é muito mais vulnerável...Tem as outras cabanas ao lado, o risco é maior... Porque não aqui e agora? Eu quero, e o senhor também quer...
Enquanto falava, falava, falava, suas mãos apalpavam Silveira, deslizavam do pescoço para o peito, desciam e cobriam-no de carinhos. Quando ela percebeu que ele estava sob seu domínio, começou a desabotoar a sua roupa, a despi-lo e a se deitar na grama, abrindo as suas pernas e convidando-o para amar e ser amado.
O sol se escondeu para não presenciar o êxtase em que ambos se sucumbiram. Além do gozo, ela pela ostentada tentação, e ele, pela tibiez e fraqueza.
Quando voltava, sozinho para casa, Silveira abominava o seu comportamento, estava vivendo uma crise de identidade, se por um lado sabia que tudo aquilo era errado, por outro, o erro o atraía. Parecia que estava amarrado a uma maldição, aquela mulher o atraía, como a cobra atrai o sapo... Ele se sentia uma presa.
Ele, que era o senhor, estava subjugado, não conseguia sair daquela armadilha. Lembrou-se que ela lhe falara das forças da natureza, das energias misteriosas das águas, da terra, do ar e do fogo, será que ela não preparara para ele aquele elixir para deixá-lo sob os seus domínios?
Essas tribos africanas manuseavam essas forças do mal, será que Maria Rosa não seria uma iniciada nessas artes?
Seu pensamento estava rico nessas elucubrações quando subiu a escadaria da varanda que dava acesso à sala. Ana Luiza estava sentada na cadeira de balanço tricotando uma blusa, já sob a luz da lamparina.
- Voltou tarde, meu senhor...
- Fui até ao rio com o Moacir, estávamos decidindo sobre as obras que vamos iniciar para trazer a água para a Casa Grande.
Com ares de deboche, ela redarguiu:
- Pela demora pensei que o senhor tivesse ido ao Rio de Janeiro... E o que decidiram?
- Vamos iniciar as obras dentro de uma semana.
- Que bom, teremos água em casa...
À noite, Ana Luiza encostou-se em Silveira, jogou suas pernas sobre as dele, mas Silveira alegou que estava com dor na coluna, devia ser por causa do esforço que fizera movimentando os galhos de árvore na beira do rio, pediu que ela lhe desse um chá para aliviar suas dores.. E foram dormir. De manhã, Silveira alegou que as dores ainda o incomodavam...
(continua no próximo capítulo)