BOLEROS - PAULISTA (Avenida)
Certa noite,uma linda e refrescante noite,ele resolveu sair para andar um pouco,já que há muito tempo não arreda pé de seu apartamento.Problemas de saúde ainda não resolvidos. E lá se foi até a Avenida Paulista para caminhar um pouco e ver as luzes desta bela avenida. Passava na calçada do Conjunto Nacional absorto em pensamentos fúteis quando olhou para o lado da avenida e viu,à frente do Center Três,aquele rosto tão conhecido e adormecido nas lembranças. Num átimo de segundos,veio-lhe à memória uma canção:* Na Paulista,os faróis já vão abrir....E um milhão de estrelas prontas prá invadir...Os Jardins...Onde a gente aqueceu uma paixão...Manhãs frias de Abril...* *Os cabelos não mudaram,o porte também não...mas...e os olhos? Como estarão?*- estonteante pensava. *Ah! Quantas noites eu te procurei...Quantas ruas eu andei...Onde passeia hoje este teu olhar...Quantas fronteiras ele já cruzou...No mundo inteiro de uma só cidade...* As luzes ofuscavam seus olhos...os carros passando...buzinas...faróis abrindo e fechando...e a Avenida insitindo em se dirigir ao Paraíso,onde ela morava. *É..-pensava ele-estou na Consolação e teimo em pensar no Paraíso,Que loucura!!!* Estava estático,como que petrificado,a olhar para o outro lado da avenida.* Se os teus sonhos imigraram sem deixar...Nem pedra sobre pedra prá poder lembrar...Dou razão...É difícil hospedar,no coração,sentimentos assim.* Logo a seguir chegou um carro,parou e ela entrou e se foi como se fora há muito tempo atrás. E na Paulista os faróis vão continuar a se abrirem... e ele voltou para sua solidão de paulistano.
(Música- Paulista/Eduardo Gudin)