O Vestido Verde- Parte III

Quando o alquimista saiu, a vidente pensou tudo em que falou para ele, todas as palavras rudes. Ele pagou caro... Ela estava errada, pois ludibriava o povo com suas mentiras, mas nunca fora culpada pela morte de alguém. Ela se lembrou de todos os momentos em que ele, como um tolo, rebaixou-se a seus pés e percebeu que também o amava; mas não podia ficar parada e esperar a morte de seu amado... “Aquilo não lhe curava o corpo, mas era como se nunca ferisse a alma”... E saiu desesperada pela aldeia, a procura de seu amado.

Achou-o deitado na sala de sua casa, porém ela sussurrou a seus ouvidos: “Eu também vos amo, seu tolo...” Ele começou a despertar como se fosse mágica... Os dois se olharam, ele a tomou no braço, e beijaram-se...

Acabou no beijo, pois ambos puderam desfrutar de um amor puro, agora que estavam quites... Tolos eles, que não sabem que tudo isso só começou por causa de um simples vestido verde.