DE NADA ADIANTOU
Os anos passaram, desde aquele dia, em que ela, colocou fogo, nos cartões postais, bilhetes e fotos, que eram dele.
Decidida, encaminhou-se até o fundo do quintal, e viu as labaredas gulosas se fartarem com as folhas, que iam sendo consumidas.
Em poucos minutos, tudo virou cinzas.
Com esse gesto, ela acreditou, que os sentimentos, que queimavam em seu peito iriam diminuir. E quem sabe, um dia eles também não se transformariam em cinzas?
No entanto, o tempo passou e não contribuiu para que aquele amor virasse pó.
A mais leve lembrança e ele se mostrava vivo, muito vivo em seu coração.
Pouco adiantou, atear fogo em tudo que pudesse fazê-la lembrar-se dele.
Ela não podia atear fogo dentro de sua alma. E era sua alma que o amava, e como amava!
Nunca se esqueceu daquela tarde, que cheia de coragem, viu queimar aquelas poucas linhas, que ele, lhe havia escrito. Linhas, que ela lera e relera, infinitas vezes, degustando cada letra.
As fotos, ah, pensava ela, de que adiantou queimá-las, se o rosto amado continuou inteiro em sua memória.
Há muito tempo, percebeu que nada destroí o amor verdadeiro.
Assim como, nada o explica.
Ele simplesmente nasce de um olhar, um toque de mãos.
E mesmo incubado, sem poder ser compartilhado, o amor permanece na alma de quem o cultivou. Como uma chama eterna, que tempo algum é capaz de apagar.
(Foto da autora: Poente em, Williamsburg Bridge)
Os anos passaram, desde aquele dia, em que ela, colocou fogo, nos cartões postais, bilhetes e fotos, que eram dele.
Decidida, encaminhou-se até o fundo do quintal, e viu as labaredas gulosas se fartarem com as folhas, que iam sendo consumidas.
Em poucos minutos, tudo virou cinzas.
Com esse gesto, ela acreditou, que os sentimentos, que queimavam em seu peito iriam diminuir. E quem sabe, um dia eles também não se transformariam em cinzas?
No entanto, o tempo passou e não contribuiu para que aquele amor virasse pó.
A mais leve lembrança e ele se mostrava vivo, muito vivo em seu coração.
Pouco adiantou, atear fogo em tudo que pudesse fazê-la lembrar-se dele.
Ela não podia atear fogo dentro de sua alma. E era sua alma que o amava, e como amava!
Nunca se esqueceu daquela tarde, que cheia de coragem, viu queimar aquelas poucas linhas, que ele, lhe havia escrito. Linhas, que ela lera e relera, infinitas vezes, degustando cada letra.
As fotos, ah, pensava ela, de que adiantou queimá-las, se o rosto amado continuou inteiro em sua memória.
Há muito tempo, percebeu que nada destroí o amor verdadeiro.
Assim como, nada o explica.
Ele simplesmente nasce de um olhar, um toque de mãos.
E mesmo incubado, sem poder ser compartilhado, o amor permanece na alma de quem o cultivou. Como uma chama eterna, que tempo algum é capaz de apagar.
(Foto da autora: Poente em, Williamsburg Bridge)