O procurado
Sinto em mim uma ansiedade sufocante cujo de meus olhos some a visão. Soube que você partiria, mas não imaginava que seria sem se despedir. Foi tempo de apenas eu fazer uma ligação fracassada, por algum motivo você não quis me atender, creio que não viu a chamada.
Andando até a estação, vi diversos cachorros de rua, daqueles que costumávamos cuidar, porém estavam famintos, magros e feridos. Aquela cena embrulhou meu estomago, fazendo correr em meio ao vento gelado daquela noite. Percorri toda a estação na esperança de que você estivesse ali, contudo a única coisa que achei foi um grande espaço movimentado por pessoas e rodeado de vendedores. Uma agonia enorme tomava conta de meus movimentos, quase não conseguindo ficar de pé. Com todas as minhas ações levadas ao vento, decidi voltar para casa, deitei-me em meu sofá com um copo de cappuccino, na esperança que você voltaria a qualquer momento, peguei-me em devaneio, e quando acordei, encontrei apenas um bilhete seu dizendo “está tudo bem, posso não ter ao menos te dado adeus, mas saiba que sempre guardarei suas palavras e carinho comigo. Não me procure, eu voltarei apenas me espere. Eu amo você.”