Sodoma e Gomorra.
A primavera primeva me leva para o nosso passado através do diáfano vidro que divide os tempos. De maneira não tão diletante ainda vivo aqueles instantes mortos. Então começo a rojar para a realidade com seu espírito ainda em minhas costas. Seguindo um adágio, procuro o ócio para refletir e mentir para mim, dizendo que te amo a esmo, mas... Não mesmo. Tergiverso, mas você já conhece meus versos indiretos e minhas fraquezas disfarçadas de fortaleza. Minha racionalidade tropeça quando te vejo, morre quando te beijo e renasce quando te perco. Digamos que li Neruda e achei a frase que nos define, "Para que nada nos separe, que nada nos una", um crime para a emoção e uma contravenção para a razão.