REFLEXÕES - PEQUENO PRÍNCIPE E O AMOR

Ela pensou no Pequeno Príncipe e a rosa e fez inúmeras correlações a respeito de sua vida...

Ontem à noite, lá estava Elisa sozinha em seu quarto e veio-lhe a memória recordações de um livro antigo de infância, muito conhecido e falado. Deu uma saudade do pequeno príncipe, da sua delicadeza de menino, sua sutileza, a forma pura como enxergava o mundo e as e pessoas e como ele, com a aquele coração feito de um cristal cristalino achava os adultos tão estranhos...

Naquele dia ficara mesmo foi pensando na rosa, em como ele, o pequeno príncipe, se arrependeu de ter abandonado sua flor. Ele o fez porque ela era vaidosa e pretensiosa, então preferiu afastar-se a lidar com os defeitos dela. Ah o amor... Esse ser tão nobre ao qual ansiamos e fugimos tanto, tanto... Mentira é dizer que se quer vivê-lo quando fugimos ao surgimento dos primeiros defeitos do ser amado! O Pequeno Príncipe precisou afastar-se por um longo ano, viajar por inúmeros planetas para enfim perceber, que fugir não solucionava seus problemas, não matava sua dor... E então é por amor retorna a seu reino, dolorosamente... Mas retornara pronto a perdoar a rosa por seus defeitos congênitos.

E imaginava e gostava de sonhar , que o grande amor do Pequeno Príncipe, a rosa o estava esperando, ainda envergonhada por seu comportamento, o recebeu de braços abertos. Num momento aonde tudo o que era persona fora deixado de lado. Reinando soberana generosidade, o companheirismo e o amor!

Amantes, muitas vezes brigavam por coisas tolas e pouco significantes que aos poucos ganham forças e se tornam densas e importantíssimas. Aos pouco as coisas vão mudando e já não se trata mais do que ela ou ele dizia ou fazia, mas do que era entendido de suas ações.

O amor tem seus defeitos, o principal deles é tentar expressar em corpos humanos o sentimento mais divino que existe. È óbvio que não daria certo, sim alguma coisa se conseguiria, mas alguma coisa meio mista, meio misturada, algo entre o amor e a paixão. Tentando ser amor, mas nem sempre conseguindo. O importante, pensava ela, era efetivamente tentar, com todo fervor e viver esse deus alado de nome amor, da melhor maneira possível, sem se prender aos entraves bobos e tolos do dia a dia.

(Trecho de Maria Elisa)

Clarice Ferreira

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