Secreto.

E então olhava distante envolto nas suas razões disléxicas, espreitava , afiava o faro , predominava a curiosidade das esferas mais internas do próprio eu. O gole rápido do vinho seco não saciava sua vontade, seu desejo tinha cor e nome , tinha brancura das manhãs cobertas pela neve que ele jamais viu, e tinha esmeralda nas orbitas ao invés de olhos.

Idolatrava a tez que lhe cobria de vida, pois já não se sentia assombrado, esvaiu-se de si as maldades do Mundo e certificou-se de estar pronto, tomou o ultimo gole seco de vinho, e deitou-se na cama não se permitindo vaguear pelos próprios sonhos, sua sina tinha nome e sobrenome e então correndo de si caiu jogado na cama esperando o Mundo mudar de direção.

Charlene Angelim
Enviado por Charlene Angelim em 01/01/2013
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