Minha estória de final de ano
"Passa boi passa boiada
E você não aprende a tabuada..."
Talvez tenha sido essa a primeira vez que tenha ouvido uma poesia...
Não sei quem a disse em referência à minha dificuldade em decorar a tabuada.. Talvez tenha sido minha mãe ou minha avó, ou ainda, quem sabe, a dona Silvia, que foi a minha primeira professora, no século passado...
Consegui aprender a tabuada, felizmente trabalho bem com os números, dá para o trivial, mas a poesia ficou como a minha marca registrada.
A poesia tem métrica que necessita dos números, tem ritmo, que é feita como a marcação do compasso da música, que trabalha com quê?
- Com os números, naturalmente...
Mas um capítulo à parte na minha vida foi a pouca capacidade de decorar ...
Curioso é que aquilo que a custo consegui decorar, até hoje consigo me lembrar satisfatoriamente, mas parece-me que aquele controle interior que nos pertence, mas que não conseguimos controlá-lo, sempre me anda a dizer que devo manter uma seletividade naquilo que devo decorar, como se me dissesse , para que gastar sua preciosa memória com aquilo que você pode acessar na memória do seu computador?
Desse modo, transferi para o Google e para o Weakpédia essa espinhosa tarefa.
Com o tempo consegui adaptar essa minha crítica poesia para outra:
Passa boi, passa boiada
E continuo esperando
A minha linda namorada!
E veio a minha linda namorada e tivemos uma maravilhosa estória de amor, criamos nossos três filhos e vimos boa parte dos nossos netos crescer. Aprendemos um com o outro, erramos e acertamos, ensinamos o que sabíamos e aprendemos o que não conhecíamos. Envelhecemos juntos com a impressão que nosso dever estava cumprido com a família. E com essa certeza, foi nessa época do ano que ela nos deixou e ficamos com um imenso vazio...
Porque estou fazendo essa confidência?
- Porque aquilo que é necessário tem que ser dito, tem que ser expresso, assim então aparece aquele sentimento de esvaziamento, que nos deixa aptos para o preenchermos com novas criações.Esse transbordamento é importante e necessário em nossas vidas.
E o que aconteceu depois?
Querem continuar a conhecer a minha estória? Estão curiosos?
Pois bem, já que vocês, meus queridos leitores, foram eleitos meus confidentes, vou lhes revelar... Mas antes, quero lhes pedir um favor, os confidentes devem ser confiáveis, não devem sair por aí espalhando a minha estória para qualquer um, para a torcida do Flamengo... Tem que ser obedecida a cláusula de confiabilidade, sem a qual não lhes revelarei mais nada...
Já que vocês aceitaram assinar a cláusula de confiabilidade, vou lhes contar a continuação da estória.
Depois de quarenta e seis anos de casamento, em que fui muito mimado, acostumei-me assim e pensei: um homem sensato não pode viver sozinho.
Embora muito sentido, compreendo que a vida continua, que ainda tenho que cumprir alguma missão, para isso tive de encontrar uma nova companheira, e fazer aquilo que ainda falta ser feito...
Sempre confiei no meu pensamento positivo, acreditava que encontraria alguém com quem pudesse criar uma nova estória de vida. Como sou um homem moderno, onde eu a fui procurar? Num site de relacionamento, naturalmente...
Vocês podem conferir nas nossas fotos, não sou um homem de bom gosto?
Passa boi , passa boiada,
Ela agora está casada...
Nessa estória de final de ano, para não faltar mais nada, escrevi a poesia
RASTRO DE AMOR.
O rastro de amor que ficou em mim,
Valorizou a minha vida...
Porque o que fica e subsiste,
O que perfuma e persiste,
É o amor!
Estou indelevelmente marcado
Pelo rastro do seu amor...
Sinto-o na minha pele,
Em cada poro, na respiração,
No momento em que vivo agora,
E no amor viverei quando for embora...
O rastro do seu amor, em mim ficou,
De tanto amor, se multiplicou...
Eu o percebo em cada instante,
No vago olhar de qualquer amante,
Porque o amor não é meu, nem seu,
Nunca é igual, mas é universal!
"Passa boi passa boiada
E você não aprende a tabuada..."
Talvez tenha sido essa a primeira vez que tenha ouvido uma poesia...
Não sei quem a disse em referência à minha dificuldade em decorar a tabuada.. Talvez tenha sido minha mãe ou minha avó, ou ainda, quem sabe, a dona Silvia, que foi a minha primeira professora, no século passado...
Consegui aprender a tabuada, felizmente trabalho bem com os números, dá para o trivial, mas a poesia ficou como a minha marca registrada.
A poesia tem métrica que necessita dos números, tem ritmo, que é feita como a marcação do compasso da música, que trabalha com quê?
- Com os números, naturalmente...
Mas um capítulo à parte na minha vida foi a pouca capacidade de decorar ...
Curioso é que aquilo que a custo consegui decorar, até hoje consigo me lembrar satisfatoriamente, mas parece-me que aquele controle interior que nos pertence, mas que não conseguimos controlá-lo, sempre me anda a dizer que devo manter uma seletividade naquilo que devo decorar, como se me dissesse , para que gastar sua preciosa memória com aquilo que você pode acessar na memória do seu computador?
Desse modo, transferi para o Google e para o Weakpédia essa espinhosa tarefa.
Com o tempo consegui adaptar essa minha crítica poesia para outra:
Passa boi, passa boiada
E continuo esperando
A minha linda namorada!
E veio a minha linda namorada e tivemos uma maravilhosa estória de amor, criamos nossos três filhos e vimos boa parte dos nossos netos crescer. Aprendemos um com o outro, erramos e acertamos, ensinamos o que sabíamos e aprendemos o que não conhecíamos. Envelhecemos juntos com a impressão que nosso dever estava cumprido com a família. E com essa certeza, foi nessa época do ano que ela nos deixou e ficamos com um imenso vazio...
Porque estou fazendo essa confidência?
- Porque aquilo que é necessário tem que ser dito, tem que ser expresso, assim então aparece aquele sentimento de esvaziamento, que nos deixa aptos para o preenchermos com novas criações.Esse transbordamento é importante e necessário em nossas vidas.
E o que aconteceu depois?
Querem continuar a conhecer a minha estória? Estão curiosos?
Pois bem, já que vocês, meus queridos leitores, foram eleitos meus confidentes, vou lhes revelar... Mas antes, quero lhes pedir um favor, os confidentes devem ser confiáveis, não devem sair por aí espalhando a minha estória para qualquer um, para a torcida do Flamengo... Tem que ser obedecida a cláusula de confiabilidade, sem a qual não lhes revelarei mais nada...
Já que vocês aceitaram assinar a cláusula de confiabilidade, vou lhes contar a continuação da estória.
Depois de quarenta e seis anos de casamento, em que fui muito mimado, acostumei-me assim e pensei: um homem sensato não pode viver sozinho.
Embora muito sentido, compreendo que a vida continua, que ainda tenho que cumprir alguma missão, para isso tive de encontrar uma nova companheira, e fazer aquilo que ainda falta ser feito...
Sempre confiei no meu pensamento positivo, acreditava que encontraria alguém com quem pudesse criar uma nova estória de vida. Como sou um homem moderno, onde eu a fui procurar? Num site de relacionamento, naturalmente...
Vocês podem conferir nas nossas fotos, não sou um homem de bom gosto?
Passa boi , passa boiada,
Ela agora está casada...
Nessa estória de final de ano, para não faltar mais nada, escrevi a poesia
RASTRO DE AMOR.
O rastro de amor que ficou em mim,
Valorizou a minha vida...
Porque o que fica e subsiste,
O que perfuma e persiste,
É o amor!
Estou indelevelmente marcado
Pelo rastro do seu amor...
Sinto-o na minha pele,
Em cada poro, na respiração,
No momento em que vivo agora,
E no amor viverei quando for embora...
O rastro do seu amor, em mim ficou,
De tanto amor, se multiplicou...
Eu o percebo em cada instante,
No vago olhar de qualquer amante,
Porque o amor não é meu, nem seu,
Nunca é igual, mas é universal!