Como uma miragem.
Tu és formosa como uma flor; perfumada como a rosa mais linda que já pude ver. Tens pele tão branca que as nuvens tem inveja de tua brancura. Teus olhos são o par mais belo que já pude avistar. Segure minha mão. A estrada é longa e não quero verte transformada em miragem como aquelas, que se têm numa estrada muito quente. Tu és real, tem que ser. Tão belas vestes, tão bela silhueta que reluz a luz da Lua, transparece e se junta a água do mar. O mar que balança com as ondas, e o vento que se esvai toca minha pele.. é como utopia toda essa alegria que pude ter; mas assim como é difícil construir um castelo de areia, é difícil ter -te em meus braços; cobrir-te com um manto, e tua pela reluzir como ouro.
És tu, de beleza tão verdadeira, sorriso tão afável, voz acalmadora e olhar impaciente, que seduz cada curva que existe em meu corpo, que têm sobre ti toda a minha alma. Ela que anda cheia de ti, anda cheia de teu amor, anda cheia de tuas roupas jogadas no chão do quarto. Que a última quimera me traga você, que o céu, os pássaros façam com que teu corpo se inunde de mim. Que tiremos as vestes antigas e nos vestimos de forma que o nosso destino tenha se fundido num elo intermitente e uno. Sorria! teu sorriso, alimenta abraça e trás calmaria. Que os nossos corpos suados não sejam utopia do destino tão calhorda que quer tirar-me você. Não o deixe fazer com que temas.
Ah minha primavera, meu outono, meu verão e meu inverno! tens tanta graça como a luz da Lua, tens tanto calor quanto a luz do sol. É s mais brilhante que uma estrela, e está tão longe quanto uma estrela cadente. Essa que poderia morar nos meus braços; sim, nos meus braços. Oh luz que irradia meus olhos, faz-me seguir nos meus caminhos turvos, é sentinela da minha vida, amor que jamais será substituído. Não deixe o crepúsculo levar nosso amor, nem mesmo a aurora.. és tão essencial como esse ar que ultrapassa meu rosto úmido de tantas lágrimas de medo; medo esse que assombra minh’alma lotada de amor, amor que só será real se dado pra ti.