always
parece que foi ontem. eu te vi pela primeira vez e tive a certeza de que algo iria acontecer entre a gente. que fosse amizade apenas, mas eu sabia que algo estava por vir. percebi pela forma como conversava com as pessoas que você era diferente. e, desde então, quis te ter pra mim.
engraçado como o tempo passa rápido. tanta coisa acontece e deixa a gente confuso. é fato que eu nunca me dei muito bem com datas e nomes, sou mais de sensações e fisionomias. sinto que algo não está bem com uma simples análise facial. mas acho incrível como o tempo pode passar assim, tão depressa, e levar consigo, sem pedir permissão, os sonhos e as ilusões da gente.
cheguei a acreditar que pudesse dar certo. confesso, cheguei a desejar veementemente que nossa história não se tornasse mais um grande clichê da minha vidinha maçante. inutilmente. de nada adianta reunir forças para vencer o já determinado. nossa gloria e maldição, o destino. esse luta sozinho. é atroz, inexpugnável.
mas não há lamento. as boas lembranças são alento em dias frios. as más, escudo para novas batalhas. e o que é o amor senão a mais injusta das batalhas? um soldado lutando sozinho, tentando reerguer o estandarte jogado ao chão. um guerreiro enfrentando a dor da perda daquele que se rendeu ao primeiro tinir de espadas. ah, o amor. bela batalha seria se realmente existissem inimigos e a disputa fosse por território e não por motivos.. quais são mesmo os motivos?
parece que foi ontem. a gente sorria, brincava, corria pela rua afora, sem destino. não havia medo, indecisão. não havia mentira. não havia saudade. não essa, que machuca tanto.
parece que foi ontem. e parece que vai ser pra sempre.
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