CAVALGANDO SEM TRIAGEM...
Toledo,
Em uma vasta mata se adentrou
Cavalgando sem triagem...
Seguindo a uma carruagem,
A qual seu mestre lhe ordenou!
Mas pelos meados desta viagem,
A carruagem desembestou...
Restando-lhe apenas miragem,
D’um serviço que não prestou!
Mais deprimido ainda, Toledo ficou
Ao sentir que sua égua parda empacou,
Porque numa vala escorregou,
E sua pata direita se quebrou!
Toledo só... Solicitava socorro!
Nem Marieta, Toledo enxergou...
Porque asilado... Assim se ocultou,
Por detrás d’um grado morro!
Marieta... Toledo avistou,
Lá do lado de lá!
Do outro lado do lago dourado,
Muito além... Acolá,
Daquele largo arvoredo!
Um grande susto Toledo levou,
Ao saber que havia sido encontrado,
Pela linda mulher que se apaixonou!
Tamanho foi seu espanto,
Que seu corpo todo se arrepiou
Quando Marieta mais perto chegou,
Recheando-lhe... Os olhos de encanto!
Preocupada com a ocorrência,
Marieta então lhe perguntou
O que houve com a diligência...
Por que consigo não regressou?
Toledo, ainda um pouco abatido,
Cansado e meio desprevenido,
Sem muita ação e um tanto contido,
Decidiu-se... A Marieta, fazer um pedido!
Anunciando suas prévias palavras...
Disse-lhe: Marieta minha querida,
Permita-me uma única indagação;
Se não tem amo, seu nobre coração...
Então! Deixe-me fazer parte de sua vida!
Marieta, no entanto nem se espantou
Nos braços de Toledo, Marieta se lançou!
E no ápice do desejo, um novo amor se revelou!
Nov-2012
Autor: Valter Pio dos Santos