Me convida . . .
Me convida . . .Para entrar . . .
Só um pouquinho . . . prometo que vai ser rápidinho.
Pra comer ?
Sei que será gostoso,vindo de ti,a comida sempre é boa.
Pra sentar ?
Ficar ao teu lado,não tem preço,ou não deveria ter.
Que seja no cartão . . .
Então é assim que o amor começa.
Teu cabelo vermelho,incendeia,tudo em mim
teu desapego,tua displiscência,teu desleixo,é tudo que não
me permito ter.Não aproveito as horas,sou escravo delas.
De lingerie,tu contempla um mundo,a que não pertenço.
Toda vez que peço para que me convides para entrar,o peso
de minha existência fica do lado de fora,aqui dentro,quero o que
não tenho,o que já tive e perdi.Minha vida excluiu a paixão,o amor
o comprometimento,não posso ter uma planta,um peixe,que concerteza irá morrer,como tudo que toco.
Na minha terra encantada,tem uma fada de cabelo vermelho,que põe fogo,em minhas neuras,fico de lado,aqui não tenho nome,sobrenome,quero ser objeto,abjeto,coisa nenhuma,quero a única coisa que a minha ruiva pode me dar,e que eu me permito ter.
Sem carinho,sem amor,mas com suor,gritos,sussurros,uma lágrima as vezes.
Sexo . . . muito sexo .
como ela diz,mesmo . .
As quartas não dá,porque levo minha mãe na fisioterapia.
Elas ainda tem mães.