O que resta...
E o que resta é coração ferido, escondido no peito. Doses de lágrimas da alma que chora e um alto índice de álcool no sangue.
O que resta é uma relação visivelmente abalada, mas o amor que ainda grita no meio de tanta dor, sobrevivi agonizando por vida.
O que resta são lembranças de palavras impensadas que atingiram o ego, atingiram o coração.
O que resta são omissões, segredos, confissões agora abalando a relação.
O que resta é confiança esvaída, medo, uma fé perdida. Dor em meio ao sorrir.
O que resta é aquela dor, o medo de perder, sofrer tudo outra vez sem saber se irá sobreviver.
O que resta é alusão à decepção antes tida e agora novamente temida, medo de um novo partir.
O que resta são saudades das noites invadidas, noites de sono mal dormidas esquecido em meio à conversas de uma vida, refletida no olhar dos dois.
O que resta é pedido de perdão, um pedido sincero que sai do coração e um consentimento aberto, sem nenhuma objeção.
O que resta é distância construída, sentida no peito de quem amou.
O que resta é peito apertado, coração em pedaços, olhos borrados, lábios sem o sorrir.
O que resta é bilhete de geladeira, palavras em silêncio eterno sobre à mesa, história interrompida, a ausência de um final feliz pq o amor não bastou.
O que resta é final revertido, atitudes repensadas, erros esquecidos, amor aquecendo os corações.
O que resta é prova vencida, relacionamento que se mantem, vitória obtida, uma história que continua indefinida sendo escrita durante e por muitas vidas.
O que resta, é o que fica. Estampado nos olhos, transbordante à vida. Fica eu, fica você. Fica você em mim. Tatuado sobre a pele, reescrevendo nossas vidas. Na medida do amor, amando sem medidas.