Verdadeiro Amor

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CEGO

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Era uma vez... rsrs...

Só falta terminar com "e eles viveram felizes para sempre".

Mas não, falarei de um jovem que sempre viveu sem se preocupar com nada.

Sem “conhecimento” da Lei - conhecimento no sentido de dar importância. O “Venha Nós” sempre lhe conveio e as “dores no pescoço” lhe impediram de olhar pros lados.

Arrogância, antipatia...

Brigas, blasfêmias...

Covardia, Cinismo...

Este era o abc de sua vida.

Suas atitudes eram conforme sua total vontade e “desconhecia” (novamente no sentido de importância) as Consequências de seus atos.

Sim,

Palavras de Verdade foram encaminhadas ao seu coração,

Mas não acharam morada.

Terra completamente infértil,

E de portas fechadas.

Sem amor,

Sem nada.

Até que caiu no ilícito e desandou de vez.

Certo? Certo são os prazeres, Os Desejos!

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CHANCE

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Alguém lhe bate a porta, de manhã cedo.

Pregava a Palavra de um homem chamado Jesus.

Um homem que venceu até a Morte!

E lhe parecia ler a mente de tudo que havia feito,

(Este já andava em leve desespero..)

E lhe mostrava que tudo poderia ser corrigido,

Livrar-lhe do medo.

Apagar o que já havia vivido,

E voltar a andar em caminhos direitos!

A cabeça da aquele giro por toda a situação e vida.

Vontade grande de mudança para aliviar-se do desespero e tensão da morte em que estava vivendo.

Mas o mal em si falou mais alto através do orgulho de quem não precisa ser salvo.

Salvação? Para ele era apenas uma palavra.

Um noticiário de TV mostra o testemunho de alguém que deu abrigo a Palavra de Deus, e que tinha percebido que, na verdade, era ele quem estava desamparado e havia recebido abrigo.

Mudou de canal.

Uma Bíblia de um familiar (sempre tem alguém que é crente e estes são usados por Deus) estava aberta sobre um canto da estante. Ao passar para o quarto, os seus olhos caíram em uma passagem que dizia que se cresse em Cristo seria salvo.

Não refletiu sobre o lido.

Estava ocupado demais dando espaço as coisas do mundo em sua mente.

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JUSTIÇA

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Preso, após uma troca de tiros onde foi baleado, é levado a cadeia.

Fome, dor, agonia, tensão, desespero ao extremo. Liberdade caçada. Imagem, que já não existia há muito tempo, jogada de vez na lama. Esperança? Já não consegue nem imaginar nisto.

A cabeça já não pensa mais nada. Encarcerado. Não fala, só sente. Sente algo que lhe corrói por dentro. Como se fosse uma espécie de voz que lhe chamava. Chamava-o a desistência.

Mas ele já não escutava nada. Nem vivia.

Tudo isso em poucos dias experimentando as consequências, que antes desconhecia.

E o pior ainda estava por vir: O Julgamento.

Réu único de crimes que não tinha nem como se defender, apenas aceitar.

O Juiz não parava de dizer as coisas pelas quais ele haveria de ser condenado, nomes e mais nomes, penas e mais penas. Cada palavra um desespero, um gelo por dentro capaz de arrancar sua lucidez e todas as coisas pronunciadas foram feitas por suas próprias mãos.

Um lágrima cai.

Já não suporta mais. Quer apagar tudo! Quer viver de novo.

A tristeza, profunda, imensa, como um mar escuro, lhe afunda a cada segundo.

E ele chora. Sem se importar se está num tribunal, se tem pessoas ao redor. Se poderia ou não: Ele chora. Chora um choro agonizante. Um choro de arrependimento. E olhando cada um do Juri, sem nenhuma palavra de defesa, enxergava a cada um que havia feito mal, ou que deixou de fazer o bem (isso também é maldade) e se arrepende amargamente da morte em que viveu por tanto tempo.

E durante todo esse tempo, apenas eram pronunciadas pelo Juiz suas sentenças.

Enfim termina o julgamento.

E daria tudo, tudo! Sua alma, sua carne, seu ar, sua consciência, sua miserável vida para mudar tudo. Tudo! Mudar, livrar-se daquele destino que estava a sua frente.

Sente seu corpo tremer. Deseja do fundo de sua alma ter vivido uma vida diferente.

Ao menos queria só poder mostrar as pessoas sua vontade, seu arrependimento, seu pensamento, e fazer tudo diferente.

É algemado.

A cada passo que dá, sente que fica um pedaço de suas forças e de suas esperanças para trás.

Caminhando... fecha os olhos.

Eleva seus pensamentos... Tão altos, onde nenhum homem pôde voar.

E Fala, para si mesmo, bem baixo, palavras e frases que um dia lhes disseram, mas que agora é tudo que lhe resta. E entrega-se àquilo que durante tanto tempo havia rejeitado.

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AMOR

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E as pessoas que lhe acompanhavam param.

Param perante ao Juiz. E nada dizem.

O deixam cara a cara com o Julgador de seu destino.

Então o Juiz tira sua capa. Tira o seu terno.

Caminha até um canto da Sala. Se algema.

Ele começa a ficar atônito sem saber mais de nada (O Juiz se algemou??).

Só observa sem entender nada e porque estão todos parados sem tomar nenhuma atitude.

Então o Juiz sai da sala e caminha pelo corredor, algemado.

Todos da sala o seguem: Primeiro os oficiais, depois o réu e por último o Juri.

O Fórum unânime permanece olhando para o Juiz, que caminha algemado, sendo seguido por todas aquelas pessoas.

Ele sente vontade de perguntar o que está acontecendo mas sua garganta parece estar travada de tão desnorteado que está.

Então o Juiz para em frente a uma cela.

Entra, senta e ali permanece. Sem nada dizer. Apenas olhando para a janela.

Os oficias retiram a algema do Réu.

Então ele, mais perdido do que nunca, esbrava para os Oficiais porque eles estão fazendo aquilo, porque o Juiz estava preso e tinham soltado ele. Começa a perguntar cada vez mais alto se esbarrando neles “Porque”, “Porque” e “Porque”! Mas ninguém diz absolutamente nada.

Novamente ele chora. E cai sentado em frente a cela do Juiz. E este o diz:

- Vá. Você agora está livre. Livre para mudar sua história! Então Viva! Se agarre a essas lágrimas e àquele sentimento mais alto do que tudo e Viva!

Turbilhões e turbilhões de coisas se passam em sua cabeça e ele não sabe mais o que está acontecendo nem o que é verdade! Mas em meio a tudo isso, ele segura a as barras da cela, e pronuncia um “Sim!” meio envergonhado, mas carregado de tristeza e gratidão e sai correndo disparado para a saída daquele Fórum decidido a fazer tudo novo, tudo diferente sem se importa com o que iriam achar ou falar dele. Esta era sua segunda chance, que ele jamais desperdiçaria.

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VIDA

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Então, decidido, ele corre! Corre para viver!

Chorando, sorrindo e correndo ele desce por todos aqueles corredores com a borracha em uma mão, para apagar o passado, e a caneta na outra, para escrever em definitivo e para sempre.

Até que, ao passar em frente ao tribunal do julgamento, percebeu que o processo de sua condenação ainda estava em cima da mesa. A sala estava vazia.

Ele entra caminhando... e reflete sobre o milagre que aconteceu em sua vida! De que a pouco andava em desespero, mas agora caminha com esperança.

Pega o processo, senta ao chão em frente a mesa do Juiz e abre. Surpreso, ele fica quase sem ar:

“Do: Juiz // Para: O Réu”

Não tinha uma palavra das quais ele tinha sido condenado. Absolutamente nada. E continua a ler:

“Sei de seus atos, de seus feitos, dos quais não quero entrar em detalhe, não nesta página.

Mas também sei que pelo Meu Ato, você poderá fazer diferente... Poderá fazer muito mais!

Então eu repito o que te disse: Viva!

Mostre a todos o quão bom agora você é! Mostre e mude tudo ao seu redor!

Mostre que você renasceu, e vive! Então Viva! E Viva para Sempre!”

E percebe que aquilo não era um processo: era uma carta.

Escrita pelas mãos do Juiz para mudar sua Vida!

Escrita com traços de amor para alguém que errou, mas que ele desejava que acertasse.

E mais uma vez desaba, desta vez como uma criança, pois seu coração está cheio de sentimento e sinceridade!

Naquela grande carta continha muitas e muitas coisas, muitas histórias, que iriam guiar o seu coração e o seu caminhar! Guardou aquele processo como as palavras mais importantes que já recebera.

E agora, vivo, deu testemunho de sua própria história e como aquele Juiz havia mudado tudo nele e mostrado a verdade que deveríamos viver. Passou a usar sua própria vida, suas forças, seu respirar para reverter, mostrar, ensinar e pregar o Amor! O Amor Puro, O Amor em Essência, a Todos, a Qualquer Um! E Até o último dia de sua vida, vida em carne, viveu a amar e a pregar que:

“Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos”.

“Desfaço as tuas transgressões como névoa, e os teus pecados, como a nuvem; torna-te para Mim, porque Eu o remi.”

“E até a velhice eu serei o mesmo e ainda até às cãs eu vos trarei; eu o fiz, e eu vos levarei, e vos trarei e vos guardarei.”

Palavras daquele processo...

Palavras daquela carta...

Palavras da Bíblia.

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VERDADE

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O Juiz é Jesus!

O Réu é Você!

Então não perca essa segunda chance...

E Viva!

Viva Para Cristo!

Sem se importar com o que irão falar ou pensar de você!

VIVA!

Eis que nasce um novo dia! Uma nova oportunidade de mudar sua história!

E mostre para estas pessoas que Deus também as ama e que também espera por elas!

E daqui pra frente,

por todos os dias da sua vida,

jamais se esqueça de dizer:

“Obrigado Senhor...

Obrigado por Tudo!”

O Poeta da Meia Noite
Enviado por O Poeta da Meia Noite em 20/11/2012
Código do texto: T3996473
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