Confissões de um louco -Parte 1

Eu tinha 16 anos quando consegui meu primeiro livro. Este livro não só marcou minha adolescência, marcou também minha mente.

Comecei a escrever contou baseados naquela história e enfim comecei a mostrar minhas idéias para um professor de literatura. Ele disse que aquelas histórias eram completamente contra o que a sociedade seguia, ofendiam as camadas sociais. Não desisti, procurei por outro professor, ele me disse uma única frase: "Muito bom".

Logo minhas histórias foram publicadas causaram uma repercussão. No começo fui perseguido, mas logo depois revolucionários disseram que minhas histórias eram uma nova forma de expressão.

Ganhei dinheiro, todos me conheciam como um novo escritor. Comprei uma casa longe da população, eu queria paz para escrever, as pessoas me incomodavam.

Escrevi mais de mil histórias e todas elas com mulheres.

Gastei quase minha fortuna toda em livros e papel. Me apaixonei pelas personagens que lia e criava e de repente a desilusão, me lembrei que eram histórias, eram apenas personagens de minhas histórias!

Fiquei algumas semanas depressivo, minhas histórias ficaram depressivas.

Até que criei ela, Lana.

Uma bela mulher, magra, bronzeada e doce.

Eu decidi que ela seria minha mulher, minha amiga.

Criei pensamentos, situações onde eu me encontrava com ela em lugares lindos. Eu à abraçava, beijava e oque mais me via em mente.

Eu queria tornar isso minha realidade. Então contratei uma mulher para ser minha Lana. Sim, uma prostituta. Era o que estava ao meu alcance! Tenho certeza que para meu modo de vida isso era totalmente normal. Sinto em dizer que isso era muito normal para mim. com o dinheiro que eu continha, eu podia fazer oque eu bem entendesse, e quando Eu, leitor, quisesse.

O nome dela era Matilda, nome detestável para mim, mas era o mais próximo que cheguei de Lana.

Expliquei para ela como seria sua vida comigo e o que deveria fazer. Levei quase duas horas inteiras para falar e Matilda me perguntou uma única coisa.

"Não volto para as ruas?"

Respondi que não, disse que sua vida agora era ali comigo, sendo minha Lana.

"Está bem"

Ela me pareceu contente.

Lunae Lumen
Enviado por Lunae Lumen em 15/11/2012
Reeditado em 19/09/2016
Código do texto: T3987213
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