A Queda e Ascensão

Somos Por excelência Anjos

Que quando criados fomos vendados

Para não Profanarmos vendo a Beleza dos outros anjos

Mas o caminhar cego dos seres celestes não é tão diferente do dos seres terrestres

Tropeçam, esbarram, se apóiam no que está no caminho

E por sorte ou acaso acontecem de tropeçarem na pedra fundamental do firmamento,

E se esbarram por todo o universo até q se apóiam em um semelhante

E suas asas e braços se abraçam, suas peles tão macias como o entardecer.

Que chegam a doer o tato.. O cheiro de jasmim que exala por todos os reinos..

Cheiro tão agradável e tão forte que desorientam até os próprios anjos

O movimento das suas asas tem o som do mar, e as suas vozes são como o canto das orças, enlouquecedor para os que o ouvem de tão perto...

Então cansados de esbarrarem pelo o universo, se sentam e se abraçam, como os anjos fazem, deixando as asas livres para voar.

È tão grande o encanto e a magia ao seu redor, que mesmo tementes a lei, a desobedecem, tirando a venda, e se olham.

Mas seus olhos virgens diante de tanta luz e beleza quase voltam a escuridão.

Mas são fortes e se olham por um dia celeste, e no anoitecer sentem sede. E se beijam.

Nessa hora suas asas se afastam deles, e não mais participam.

E eles sentem o sabor do néctar do deleite e do pecado.

E são banidos e separados pelo nascer.

a primeira lufada de vento em seu peito dói como o amor perdido,

Dói como a extinção de tudo que é lindo. O cheiro é de sangue não mais de jasmim, a pele é áspera e calejada, e os som são apenas gritos e choro.

e quando nascem suas asas vendo tamanha traição se arrependem e descem, com o intuito de os reunirem e elevarem de volta aos céus... mas como uma asa de anjo é pesada aos humanos, tem o peso de uma cruz, mas fortes são os seres humanos, e em um ano terrestre já são capazes de carrega-las, e caminham novamente com suas vendas, sem saber onde encontrar aquele anjo, então tropeçam, esbarram por todos os reinos até um dia que se apóiam, e o cheiro de sangue se torna jasmim, os gritos entoam cantos , não são mas sentidos os calos e a asperecidade das mãos , suas asas lembram do seu propósito e não mais pesam as costas, então se sentam e se abraçam não como humanos.. pois tem que deixar suas asas livres para voar... então eles se olham... lembram de quem são, e matam a sua sede um nos lábios do outro.

Suas asas batem uma única vez, os fazendo planar da altura de um gigante, e dos céus é visto tamanho do amor que sobrevive a queda, e esse amor é contado maior que a lei, e os anjos são novamente aceitos nos céus.

Jean Nunes Pierre
Enviado por Jean Nunes Pierre em 07/11/2012
Reeditado em 07/11/2012
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