Um dia quase perfeito

Era quase primavera de 2009 quando eu a vi pela primeira vez deslizando em plumas de sua elegância. No entanto, sempre contido pela minha indescritível timidez, fingia não notá-la.

O tempo passou tão rápido que por pouco não percebi que aquela garota do cabelo de franginha, semi-ondulado pelo uso do capacete, agora, sem querer, se tornara um tanto quanto mais que especial. Pois, com aquele jeitinho serio todo seu, acabara me conquistando de uma maneira diferente.

De certo, conheço a sua condição, a qual respeitosamente não poderia esquecer. No entanto, confesso que por vezes não me contive, e deixando-me levar pelos meus instintos mais primitivos, por diversas vezes me peguei fitando-a discretamente. Ao passo em que todos os dias permito-me a olhá-la a fim de contempla a sua beleza singular, que sem querer e ao menos sem tempo em que eu pudesse compreender, repentinamente me conquistou.

Então, foi em uma noite deste inverno que pela primeira vez tive a oportunidade de está com ela, a qual sem perceber desfilava estilosamente, estava maravilhosamente linda em sua simplicidade. Aquela noite,o frio era intenso, o termômetro marcava precisamente 22 graus. No entanto, o meu corpo sentia-se como estivesse sob um daqueles dias quentes de verão. Aqueles que dão a sensação térmica de 50 graus na sombra, tamanha era a minha felicidade, as batidas do meu coração naquele momento se confundiam com as batidas do som mecânico, o qual anunciava uma noite e tanto. Foi então que tomada pela responsabilidade, anunciou que precisava ir embora, ouvindo aquilo, o meu coração de estudante contrariando a razão implorava para que não fosse. No entanto, compreendendo a sua condição, infelizmente não pude impedi-la.

Então, ela me fez pensar porque a vida é assim. E se minha timidez permitisse dizer quem é ela. simplesmente diria; Ela é uma pessoa muito especial. Ela é a garota que gosta de mostarda. A qual, sem querer me conquistar, me conquistou.