NÁDIA
Meu fetiche não tem couro nem chicote
A mantive sempre perto de mim,foi meu maior erro,
não me dei a chance de sentir tua perda,da saudade tomar seu lugar
fui egoísta o suficiente,para achar que meus sentimentos bastariam
para nos manter juntos,errei,mais uma vez.Sentimento algum se sustenta sozinho,nesse mundo que inventei,morria toda vez que olhava nossas fotos.
Meu fetiche não tem couro nem chicote
Uma vez te filmei nua,sem tu saber,hoje ainda tenho teu corpo
pra mim,pêlos,busto,coxas,bunda,tudo ainda está lá,mas a tua risada enche a tela,me acalma,me excita,trás vida a meus pensamentos.
Meu fetiche não tem couro nem chicote
Tenho de confessar,ainda tenho guardado um conjunto de lingerie
que tu usou,está numa gaveta,as vezes dou uma olhada e te imagino saindo do banho com ela,meu sorriso indisfárçavel,me entregaria como sempre,tu me perguntaria como estava,eu sem pestanejar diria,maravilhosa,como sempre.
Meu fetiche não tem couro nem chicote
Não saio de casa já faz dois anos,desde que tu saiu e não voltou mais,o que me disseram é que o acidente foi fatal,a estrada molhada com a chuva,a pouca visibilidade,pode ter causado a saída da pista.
O que ninguém me explica foi a saída de ti da minha vida.
Se Nádia não voltar,terei de encontra-la,que seja breve.