CANIBAL

Sentia o peso do corpo e vibrava com o prazer que proporcionava.

Na dança dos quadris, vivia intensamente a invasão do seu ventre.

Lambia com vontade cada gota de suor e gritava em cada ida e em cada volta.

Até que sentiu uma estranha vontade traduzida no gosto da sua boca.

Não esperou e mordeu aquele corpo com vontade. Sentiu o liquido quente na língua. Continuou mordendo, comendo a carne e bebendo o sangue, enquanto os movimentos se tornavam mais intensos. Mordia, bebia, lambia, sentia... Cada estocada, movimento, língua, beijo, mais, mais, mais... Fechou os olhos e viveu o ápice do momento enquanto mastigava um pedaço da carne dele. Quando abriu ele estava morto em meio ao sangue e ela satisfeita.