UM AMOR DIFERENTE
SARA 18 / BRENO 38
Tudo começou como uma brincadeira. Todos os dias Sara e Breno seguem no mesmo ônibus para o trabalho.
Ela estudante, 18 anos, sem namorado, fazendo um estágio na mesma livraria que Breno trabalha.
Breno 38 anos, separado, um tanto desiludido da vida, faz um trabalho que é sua paixão. Está na Livraria Bom Ler desde que saiu da faculdade, e sente-se realizado no trabalho.
Da vida pessoal não gosta nem de pensar. Separou-se de Lívia que o considerava um sujeito monótono, que gosta somente de ler, ver bons filmes, curtir poesias na NET. Errou ao casar com ela, baladeira, sempre nas boites da vida. Deveria saber de antemão que esse casamento não daria certo. Mas depois de transarem no terceiro encontro, seu moral e caráter não permitiriam agir de outra forma. Ela achando-se apaixonada, aceitou casar-se. Mas com o passar do tempo não aguentou as tantas horas do marido dedicado a Literatura e a poesia, resolveu então liberá-lo do casamento. Breno, apesar de um pouco magoado, viu na separação a única solução para eles.
E a vida, aos poucos, vai seguindo o seu rumo. A sua satisfação é saber que Lívia está muito bem, pois arranjou um bom homem do meio artístico e vive muito bem com ele.
Sara, fazendo faculdade de Jornalismo, tem paixão pela Literatura e gosta de escrever livros infantis. Assim alia o estágio na faculdade com a livraria, vivendo em pleno vigor dos seus 18 anos.
Todos os dias, morando na mesma rua, eles vão para o ponto, a fim de irem para o trabalho.
Conhecidos desde que Breno voltou a morar com os pais, os dois estão sempre rindo e brincando e nem sentem assim a viagem passar.
O que Breno nem imagina é que o seu jeitão sério e compenetrado já conquistou completamente o coração de Sara, que vive a suspirar pelos cantos.
Mas a sua timidez não lhe permite tocar nesse assunto com o amigo, pois acredita que ainda seja apaixonado pela ex.
E o que Sara também não imagina é que Breno já sente o seu coração ser tocado pela sua juventude, mas teme ser acusado de corruptor de menores, pois acha que com 18 anos ela é ainda uma criança. Mas o seu jeito de pensar já a vê como uma mulher.
Os dias passam, e os dois seguem trabalhando e Sara sempre às voltas com trabalhos para o seu curso e Breno com seus escritos, pois seu livro está para ser lançado.
Mas o destino, meus amigos, faz da vida o que quer. E assim, a vida desses dois vai dar um grande volta.
Uma tarde, após saírem mais cedo da livraria, entraram no ônibus e por acaso encontraram dois bancos vagos juntos, o que é quase impossível de acontecer. Ônibus bem vazio e lá iam os dois.
De repente, cai das mãos de Sara um embrulhinho com uns mini livros que ela havia comprado e assim os dois abaixam ao mesmo tempo para pegar. Nesse instante a mão de Breno passa levemente no seio da moça que estreme e cora.
Breno, tão atrapalha quase deixa cair o embrulho, também corado e sem graça, gagueja uma desculpa, quase sem palavras. A moça, sem jeito o olha e diz que não foi nada.
Mas o coração aos saltos desmente claramente.
A viagem segue e quando chegam próximo ao ponto, percebem que uma chuva fina e insistente cai, molhando a tarde.
Os dois descem do ônibus e começam a caminhada para casa.
Quando chegam no portão da casa de Breno já estão completamente ensopados.
A casa de Sara ainda ficava uns bons metros para frente e então o rapaz viu-se na “obrigação” de convidá-la para abrigar-se da chuva.
Ao entrarem, percebem que a blusa de Sara está completamente transparente, sendo que para o rapaz a visão é de sonhos.
Saindo do devaneio, vai buscar uma toalha e uma camisa para que ela possa trocar-se.
Sem jeito, Sara vai para o banheiro onde promove a sacagem dos cabelos e troca a blusa pela camisa do rapaz, aproveitando para aspirar o perfume de lavanda que está nela. Fecha os olhos e sonha com o mesmo.
Breno foi para a cozinha fazer um café para servi-lo a Sara.
Na sala, a moça já composta, está sentada a sua espera como se fosse a coisa mais natural do mundo estar vestida com sua camisa no meio da tarde de chuva.
Breno, como bom cavalheiro, oferece um vinho para Sara com o intuito de aquecê-la. A moça aceita e vão bebericando e conversando, enquanto ele diz que está passando um café, caso ela queira.
Aos poucos a conversa vai fluindo e acaba caindo no amor.
Cada um conta as suas desventuras, ele a separação e ela a falta do amor. Reclama que os rapazes buscam apenas aventuras e não é o que ela deseja para sua vida.
Quando termina o vinho, Sara vai entregar a taça para Breno e o rapaz entrelaça os seu dedos nos dela e a fita nos olhos. O coração dos dois parece que vai sair fora do peito de tantas batidas, que até podem ser ouvidas.
Então como se soubesse que a decisão só dependeria dela, a moça ousadamente encosta os seus lábios nos dele, num doce e rápido beijo.
O rapaz, apesar de surpreso, não deixa transparecer e somente diz a ela: acho que você pode fazer melhor que isso.
A moça sorri, e passa os braços a volta do seu pescoço e o beija demoradamente.
Hoje Sara e Breno são casados, passaram-se vinte anos depois desse dia e a felicidade continua. Eles têm um casal de filhos, lindos, inteligentes como os pais e provaram que a diferença de idade não é um impecilho para a felicidade.
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Dedico esse conto para todas as pessoas que receiam ser felizes por causa dos impedimentos para o amor que nós mesmos criamos.
Esqueçam os impedimentos e sejam felizes.
Estrela Radiante
"Imagem do Google"
SARA 18 / BRENO 38
Tudo começou como uma brincadeira. Todos os dias Sara e Breno seguem no mesmo ônibus para o trabalho.
Ela estudante, 18 anos, sem namorado, fazendo um estágio na mesma livraria que Breno trabalha.
Breno 38 anos, separado, um tanto desiludido da vida, faz um trabalho que é sua paixão. Está na Livraria Bom Ler desde que saiu da faculdade, e sente-se realizado no trabalho.
Da vida pessoal não gosta nem de pensar. Separou-se de Lívia que o considerava um sujeito monótono, que gosta somente de ler, ver bons filmes, curtir poesias na NET. Errou ao casar com ela, baladeira, sempre nas boites da vida. Deveria saber de antemão que esse casamento não daria certo. Mas depois de transarem no terceiro encontro, seu moral e caráter não permitiriam agir de outra forma. Ela achando-se apaixonada, aceitou casar-se. Mas com o passar do tempo não aguentou as tantas horas do marido dedicado a Literatura e a poesia, resolveu então liberá-lo do casamento. Breno, apesar de um pouco magoado, viu na separação a única solução para eles.
E a vida, aos poucos, vai seguindo o seu rumo. A sua satisfação é saber que Lívia está muito bem, pois arranjou um bom homem do meio artístico e vive muito bem com ele.
Sara, fazendo faculdade de Jornalismo, tem paixão pela Literatura e gosta de escrever livros infantis. Assim alia o estágio na faculdade com a livraria, vivendo em pleno vigor dos seus 18 anos.
Todos os dias, morando na mesma rua, eles vão para o ponto, a fim de irem para o trabalho.
Conhecidos desde que Breno voltou a morar com os pais, os dois estão sempre rindo e brincando e nem sentem assim a viagem passar.
O que Breno nem imagina é que o seu jeitão sério e compenetrado já conquistou completamente o coração de Sara, que vive a suspirar pelos cantos.
Mas a sua timidez não lhe permite tocar nesse assunto com o amigo, pois acredita que ainda seja apaixonado pela ex.
E o que Sara também não imagina é que Breno já sente o seu coração ser tocado pela sua juventude, mas teme ser acusado de corruptor de menores, pois acha que com 18 anos ela é ainda uma criança. Mas o seu jeito de pensar já a vê como uma mulher.
Os dias passam, e os dois seguem trabalhando e Sara sempre às voltas com trabalhos para o seu curso e Breno com seus escritos, pois seu livro está para ser lançado.
Mas o destino, meus amigos, faz da vida o que quer. E assim, a vida desses dois vai dar um grande volta.
Uma tarde, após saírem mais cedo da livraria, entraram no ônibus e por acaso encontraram dois bancos vagos juntos, o que é quase impossível de acontecer. Ônibus bem vazio e lá iam os dois.
De repente, cai das mãos de Sara um embrulhinho com uns mini livros que ela havia comprado e assim os dois abaixam ao mesmo tempo para pegar. Nesse instante a mão de Breno passa levemente no seio da moça que estreme e cora.
Breno, tão atrapalha quase deixa cair o embrulho, também corado e sem graça, gagueja uma desculpa, quase sem palavras. A moça, sem jeito o olha e diz que não foi nada.
Mas o coração aos saltos desmente claramente.
A viagem segue e quando chegam próximo ao ponto, percebem que uma chuva fina e insistente cai, molhando a tarde.
Os dois descem do ônibus e começam a caminhada para casa.
Quando chegam no portão da casa de Breno já estão completamente ensopados.
A casa de Sara ainda ficava uns bons metros para frente e então o rapaz viu-se na “obrigação” de convidá-la para abrigar-se da chuva.
Ao entrarem, percebem que a blusa de Sara está completamente transparente, sendo que para o rapaz a visão é de sonhos.
Saindo do devaneio, vai buscar uma toalha e uma camisa para que ela possa trocar-se.
Sem jeito, Sara vai para o banheiro onde promove a sacagem dos cabelos e troca a blusa pela camisa do rapaz, aproveitando para aspirar o perfume de lavanda que está nela. Fecha os olhos e sonha com o mesmo.
Breno foi para a cozinha fazer um café para servi-lo a Sara.
Na sala, a moça já composta, está sentada a sua espera como se fosse a coisa mais natural do mundo estar vestida com sua camisa no meio da tarde de chuva.
Breno, como bom cavalheiro, oferece um vinho para Sara com o intuito de aquecê-la. A moça aceita e vão bebericando e conversando, enquanto ele diz que está passando um café, caso ela queira.
Aos poucos a conversa vai fluindo e acaba caindo no amor.
Cada um conta as suas desventuras, ele a separação e ela a falta do amor. Reclama que os rapazes buscam apenas aventuras e não é o que ela deseja para sua vida.
Quando termina o vinho, Sara vai entregar a taça para Breno e o rapaz entrelaça os seu dedos nos dela e a fita nos olhos. O coração dos dois parece que vai sair fora do peito de tantas batidas, que até podem ser ouvidas.
Então como se soubesse que a decisão só dependeria dela, a moça ousadamente encosta os seus lábios nos dele, num doce e rápido beijo.
O rapaz, apesar de surpreso, não deixa transparecer e somente diz a ela: acho que você pode fazer melhor que isso.
A moça sorri, e passa os braços a volta do seu pescoço e o beija demoradamente.
Hoje Sara e Breno são casados, passaram-se vinte anos depois desse dia e a felicidade continua. Eles têm um casal de filhos, lindos, inteligentes como os pais e provaram que a diferença de idade não é um impecilho para a felicidade.
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Dedico esse conto para todas as pessoas que receiam ser felizes por causa dos impedimentos para o amor que nós mesmos criamos.
Esqueçam os impedimentos e sejam felizes.
Estrela Radiante
"Imagem do Google"