Ernesto

E ele veio assim , revirando tudo que já estava guardado , tirando os moveis do lugar, sua respiração ofegante me assustava nunca havia visto ele daquele jeito , não sabia o que se passava dentro daquela mente que me parecia atordoada, correndo de um lado pro outro , a vermelhidão do seu rosto aumentava, era ele Ernesto , um homem cotidianamente calmo e paciente que estava enfurecido.

Sentei-me próximo a janela que dava vista para seu quarto , do outro lado da rua estava, e era possível , ver e ouvir tudo que acontecerá ali , enquanto chorava gritava, dizia que nada ficaria daquele jeito , e derrepentemente como em cenas de filme, um revolver o pior vai acontecer, ao mesmo tempo minha passividade me incomoda, ele não é um homem qualquer é o homem que a anos venho acompanhado a sua vida através de uma janela, algo nele me atraia como um imã, mais jamais pudera ter qualquer tipo de contato, sou moça de família e meu pai ja haverá me prometido a um noivo , mais era ele que eu desejava, minha mãe ja desconfiava de algo , eu já não tenho vida social , meu navegar é observar a vida de Ernesto, é como um sentimento platônico, que quando penso em dormir minha cama parece mar, mergulho em pensamentos dos mais terríveis aos mais obscenos e voluptuosos, só de pensar nele consigo fazer amor só , eu sei que é pecado mais é algo que domina meu intelecto , minhas emoções, esse sentimento é como uma raiz implantada no meu amago , desci correndo as escadas, em direção a sua casa , talvez ele nem saiba meu nome, nem conheça as cores dos meus olhos, mais eu observo bem os dele , aqueles olhos turmalina pedra muito negra, como esse tal sentimento que há dentro de mim , toco o sino , uma moça eufórica vem me atender, questiona o que quero , e eu Grito! Ernesto! é exatamente isso que quero! logo como num passe de magica ele desce correndo com aquele revolver na mão , meu coração dispara, meus pensamentos questionam o que de fato eu estou fazendo aqui , e grito! PARE, assutado e sem reação ele me olha, escondendo a arma de sua mão questiona, O que queres de mim? quem és tú? não viste em uma boa hora! exclama! eu respondo sem pensar sem saber no que poderia dar, sou Clarisse, e sei que não é uma boa hora mais o que eu quero? quero é tu , quanta ousadia respondeu ele, quem és tu para falar assim comigo? não es moça de família? indagava sem respirar!

moça de família sou , eu sou apenas uma admiradora de sua beleza cativante, enquanto falo ousadamente me aproximo , e sei o que digo , tu es belo como o príncipe que sempre sonhei , seus olhos me atraem como joia rara e preciosa, não sei o que se passa em seu coração aflito , mais sabia que a anos acompanho seus passos, sei que és moço solteiro , estudioso e gosta de ler, gostas de musicas épicas e todo os dias a mucama leva café para você e bem pertinho das seis você começa a escrever, assustado ele me olhou, a cor da sua pele voltara ao normal, seus olhos me tragavam feito um flash como se houvesse um sugar um captar como se sua vontade fosse sugar minha alma, adentrar meu ser, meu coração saltava pela boca, e seu silencio me trazia medo , olhou-me com olhos de amor, e disse a alguns minutos estava eu pensando em acabar com minha vida, retruquei sem pensar duas vezes, Oh homem, se tu fizer isso , levará contigo um pedaço de mim , e seria injusto, e antes que pense nisso , tomei a arma de sua mão e posicionei contra minha cabeça, seus olhos turmalinas quase vieram de encontro aos meus tamanho o susto , olhou-me nos olhos bem de perto, chorou , e beijou-me! e dai como nos contos de fadas , o príncipe luta pela princesa, e comigo não foi diferente, enfrentamos a partir daquele dia tudo e todos, quando fui descobrir que o que atordoava Ernesto era o vazio que assolava seu peito, meu pobre amado, sofrera por eu Demorar, mais agora sim ei de compensar cada lagrima com afagos e amor, era só ternura, agora é amor!

Pamela Santos
Enviado por Pamela Santos em 05/10/2012
Reeditado em 05/10/2012
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