Um quadro sem molde

Pintei um quadro para enfeite de sala, nele compus

rios e lagos,entonizei a natureza resbaldando sobre ela

emoção; sem medo de falhar carimbei meu nome,coloquei

bem em cima da estante para que possa ser visível à todos

que entrarem por minha porta de madeira.

Observando horas os abstratos rabiscos esmaldados nele

sorri depois de meia hora chorei,fiz esse estranho ato

por dias até que resolvi repintalo,então tirei a natureza, o riachos

e construi uma imensa cidade com carros e suas fumaças resolvi

moderniza,ficou concreto e realista, o momento pedia brinde

então coloquei ele no local aonde estava e de frente a ele degustei

um vinho,depois de minutos de esplêndida degustação vi que

esqueci de assinar meu nome isso me deu um choque que me fez

revoltado pegalo e apagar tudo só que infelizmente ele já estava

com marcas e de alto relevo aparecia a natureza e a cidade;

estremamente nervoso derramei propositalmente vinho nele deixando

quase insopado, sentei e pensei na atitude retórica que fiz e olhei pro quadro e ele me sorria vinho,chorava natureza e transfigurava cidade.

Renato Narciso
Enviado por Renato Narciso em 04/10/2012
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