Um quadro sem molde
Pintei um quadro para enfeite de sala, nele compus
rios e lagos,entonizei a natureza resbaldando sobre ela
emoção; sem medo de falhar carimbei meu nome,coloquei
bem em cima da estante para que possa ser visível à todos
que entrarem por minha porta de madeira.
Observando horas os abstratos rabiscos esmaldados nele
sorri depois de meia hora chorei,fiz esse estranho ato
por dias até que resolvi repintalo,então tirei a natureza, o riachos
e construi uma imensa cidade com carros e suas fumaças resolvi
moderniza,ficou concreto e realista, o momento pedia brinde
então coloquei ele no local aonde estava e de frente a ele degustei
um vinho,depois de minutos de esplêndida degustação vi que
esqueci de assinar meu nome isso me deu um choque que me fez
revoltado pegalo e apagar tudo só que infelizmente ele já estava
com marcas e de alto relevo aparecia a natureza e a cidade;
estremamente nervoso derramei propositalmente vinho nele deixando
quase insopado, sentei e pensei na atitude retórica que fiz e olhei pro quadro e ele me sorria vinho,chorava natureza e transfigurava cidade.