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Quando vem a aurora

Certo dia, numa hora

Em que o vento chegou
Deslizando em poças de chuva,
Ele beijou-me suave.
Não era noite e
nem era dia,
passeava uma
melodia em réstia
de luz varando
os segundos da aurora.
U’ a arte de pintura
Ou poesia...
Da apreciação da janela
Como manto, aqueles braços,
e meu corpo naquele
peito encostado.

O arejar frio
de fim de noite
estremeceu os corpos
num pedido de agasalho.
Não foi preciso fala
nem insistência de olhar.
Atendemos ao chamado
da colcha  de retalhos
querendo nos abrigar.
O tempo trancou-nos
no quarto em
nosso ato de amor.
Ficamos aquecidos
sem precisar do cobertor.



 
Hoje tudo é passado
e esta doce lembrança
foi tudo o que restou...
Sempre que vem a aurora
a saudade chega junto
se fazendo entrar...

Desde que ele partiu
Meu violino chora triste

Pedindo pra ele voltar.

 

 
MarySSantos
Enviado por MarySSantos em 03/10/2012
Reeditado em 09/11/2012
Código do texto: T3914334
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