Namoro nos Estudos- II - In contos d'minutos

Era, vezmente, que sempre, a atenção voltada para o sexo oposto: tantas lindas meninas de pétalas orvalhadas em sonho. Tão lindas,quanto reais, delas todas escorregadas em minha sala de aula. Colega de classe, que linda era aquela de olhos azuis e loiros cabelos e, já, a consciência de ser linda merecedora de melhores partidos : namorados de iguais beleza de incomum muito, coleguinhas de sala, loiros, olhos verdes, extrovertidos, lindos - simpáticos.

Que rapaz tímido era eu; não era loiro, nem olhos verdes ou azuis.

- Como poderia eu ser simpático com uma timidez doentia, que calava toda a vontade e desejo ? ?.

Era eu, apenas, mais um em sala de aula. Insignificante, recolhendo-me a um canto escuro do desprezo.

Ainda assim, isto não me tornava menos homem: desejava , amava solitariamente a linda loira de olhos azuis. Rosana, nome das Sombras nas cavernas.

Amei-a, sonhei, sempremente, com ela. Abraçava-a, beijava-a nos sonhos; olhava-a com o olhos de um verdadeiro amante deposto de

seu posto.

Ameia-a, durante toda a adolescência.

Terminava eu o ensino fundamental. Criança eu, já sabia amar o Belo.

E esta Rosana era de um Belo Platônico, e tudo foi platônico : o

vassalo a amar a distante Rainha. Platonismo perfeito.

gerson chechi
Enviado por gerson chechi em 03/10/2012
Reeditado em 08/11/2012
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