Fofoncio - In contos elegíacos
Quem não teve, nunca, um animalzinho de estimação ??. Este ser que lhe acompanha a cada passo da vida, expectador fiel de suas dores; alegrias, risos, prantos mudos calados no fundo da alma, escondidos ou esquecidos de si mesmo; do consciente que decidiu apagá-los para não mais sofrer ao lembrar o passado.
Este serzinho que, ainda, possa acompanhá-lo : cuida-o com carinho, com terno amor, pois, acredite, ele sente o que você sente. Ele percebe, quando você está triste e mais próximo de você quer ficar. Vezes, encolhidos em nossa dor, não percebemos este fato, embora, vejamo-lo sempre por perto.
De outras vezes, diretamente, procura-nos para que o abracemos, o alimentemos, o amemos e, nesse atarefado cuidar, esquecemo-nos,
vagarmente, de nossos problemas, porque, eles são nossos compa-
nheiros e precisam, exigem de nós nossa atenção. Com que carinho,
carregamos no colo nosso animalzinho de estimação, com que amor
brincamos com ele. Isto é união feliz e fiel de um bichinho de estima-
ção que nos ama, realmente, e amamo-lo de tal forma a chorar a sua
perda como se fosse um membro da família consanguínea.
Tive um amigo assim : um coelhinho branco como floco de nuvem, por
isso, o nome : Fofoncio. Comigo ele esteve presente, durante, o meu processo de divórcio; comigo procuramos casa para alugar, ele e eu,
apenas. Não fosse ele, eu não teria suportado aquela fase.
- Obrigado, meu grande amigo.
Hoje, ainda, sinto a ausência do Fofoncio, pois, ele morreu há um ano atrás.