GRAVADO DA ALMA
Acordou. Abriu os olhos com certa dificuldade. A janela aberta proporcionava um vento perfumado de mar. Havia uma dor nos membros e um gosto estranho na boca. O ambiente também era estranho. Estava sozinho naquele quarto. Confuso, surpreendeu-se com a quantidade de tubos fixados pelo corpo magro. “O que houve?”, não lembrava bem... “Há quanto tempo estou aqui?” também não; “Que lugar é este?” menos ainda. Olhou para um lado e para o outro... Até que uma lembrança representada num lenço marrom sobre um criado mudo, trouxe o retrato do rosto moreno de Luiza... “Meu amor”, esta ele nunca esqueceu.