Esse prêmio é seu
Como num parque de diversões ela chegou.
Havia perdido o seu bichinho, portanto queria outro, mas não podia ser qualquer um, tinha que ser o que a agradasse.
Olhou no stand de tiros e viu vários, mas um, em especial, a chamou atenção.
“Tem que ser meu” – pensou ela, se preparando para arrebatá-lo.
Pediu três fichas.
_ Seja bem vinda. – disse o funcionário da banca e continuou – pode mirar e acertar em qualquer prenda, menos aquela. – concluiu apontando justamente a que ela queria.
_ Porque aquela não? – perguntou ela com o ar de quem nunca desiste.
_ Aquela prenda, já está reservada para outra pessoa, portanto não pode ser sua. – disse o funcionário com ar arrogante.
_ Eu quero aquela e farei de tudo para ser minha – retrucou de forma irrecusável.
O funcionário aceitou a proposta, mas levou a prenda para bem distante no fundo do stand e disse que se ela conseguisse derrubá-la, a prenda seria sua. Mas o funcionário trapaceou, além de colocar bem distante, ainda colou a prenda na prateleira.
Ela percebeu, mas jamais iria desistir.
Pegou a espingarda de pressão, preparou-a e fez seu alvo.
Primeiro nos olhos, lindo bichinho de olhos verdes.
Fez o primeiro disparo, bem entre os olhos. Acertou, mas a prenda nem se mexeu.
Sem sentir decepção, preparou a arma e mirou novamente. Suas mãos suavam, pois ela desejava demais a prenda e não seria de mais ninguém.
Disparou acertando a mão. A prenda titubeou. Ficou mais esperançosa, pois sabia que havia uma possibilidade grande de ser dela.
_ Esse boneco é meu, já está reservado. – disse a pessoa a qual a prenda estava reservada, que acabara de chegar.
_ Se é seu, porque o deixou ai, desprotegido e pronto para que qualquer um o ganhasse? – a retrucou preparando o último tiro.
A detentora da reserva, esbravejou, gritou, brigou, mas era tarde demais.
Ela acertou o ultimo tiro, bem no peito, que fez o bichinho de pelúcia voar da prateleira, rebater no chão e cair em seus braços.
Disse:
_ Agora é meu, e ninguém o tira de mim! – concluiu, abraçando e beijando seu prêmio, que a olhava e fazia uma expressão de como quem diz “ME GANHOU VAI TER QUE ME LEVAR.”.
Analogia de uma história real. Dê sua interpretação.