Para os futuros legatários
Por mais que tenha sido marcado como conto de amor, o que venho a relatar seus o desafetos que vivemos. Não há mundo mais injustiçado e quebradiço. Não há dores mais trêmulas e insaráveis dos que a que cedemos. E quando cedemos, desmoronamos. No medo de amplitude colossal das atitudes alheias que remetem ao sofrimento.
Por mais que seja bondoso falar do amor, a esperança já esta morta. Ou trancafiada num poço sujo sem luz, sem verdade. O amor tornou-se a arma da convivência e a pólvora da solidão. E não tentes mudar, pois é um, não único.
E por mais que seja gratificante praticar o bem na sociedade, não percas seu tempo tentando-o encontra-lo em alguém. Não há. Não há tempo para as boas atitudes e para as gentilezas. Salve-se e deixe o próximo na periferia mais abrupta da sociedade.
E por mais que as lágrimas tendam a cair, e que as dores sejam insuperáveis e que o amor não seja mais sincero e que o bem esteja em extinção, lhe peço que as lágrimas curem. Elas ardem na alma e lavam na pele. Lute, não por você ou pelos antecedentes.
Por mais que não tenha mais fé, e por mais que não haja mais esperança. Há. Há algo em mim que pede para que o bem seja feito e a honestidade seja cumprida. O que há são vocês.