Romance Verdadeiro.
Ele estava ali, de frente com ela... Aquele banco, aquela praça, as flores, os pássaros, era tudo lindo, - Mas seus olhos – pensava – Seus olhos bela Mona Liza... Ele percebeu a combinação perfeita entre o cabelo, os olhos, o sorriso, as pequenas sardas que completavam o espetáculo e sua boca que tanto ele desejava beijar. Ao toque das mãos sendo admiradas quase que em um transe profundo o vento empurrou o cabelo dela até seu rosto e como não querendo sair dali, beijou sua boca e ficou. Uma mão se ergueu e foi até o rosto da donzela a qual se esquivou por um segundo e no mesmo se arrependeu, olhando no fundo dos olhos dela, ele tirou o cabelo de seu rosto e aproveitou para acaricia-lo enquanto encarava aqueles grandes olhos cor de mel que o encantavam muito. Sentindo no mesmo instante o desejo recíproco da bela menina, ele a beijou, e ao fundo não se ouviam sinos tocando ou qualquer outra coisa, mas sim os pássaros, que cantavam e o vento, que uivava de alegria, as folhas das arvores aplaudiam e as flores no chão derramavam seu sereno pelo lindo episódio que acabaram de presenciar... E por mais normal que tenha sido, os corações não mascaram a intensidade do momento que cicatriza, deixa sua marca bem no fundo guardada em um lugar seguro e longe de qualquer enfermidade que jazera em algum momento da vida daqueles dois...
A noite, em seu quarto, deitado em sua cama ele lembra quase que inevitavelmente a força que aquela menina o deu de continuar, quase como um objetivo traçado em sua vida e não por ele, pelo seu instinto ou algo maior e mais forte que isso. Ele não sabe o porquê disso, mas sente uma vontade louca de largar tudo o que tem a fazer somente por alguns instantes vendo aquele sorriso em seus braços novamente.