A FORÇA DE UM AMOR

CAPITULO 02

O dia seguia como os de sempre muito trabalho, quando seus irmãos acordaram, tomaram café, Guilherme saiu apressado tinha ir provar o terno do casamento, ir visitar sua noiva. Radamés ficou em casa olhos fixos na estrada Dona Galbanita prometerá a ele na sua ultima carta chegar naquela semana. Ela que vinha da capital sempre trazia noticias de Bianco, seu grande amigo, apesar de Radamés ser muito mais novo que ele era um dos poucos admiradores, ele certa vez discutirá com Guilherme e isto causou grande confusão na família. Mas o fato é que ele era sim uma ótima pessoa nunca faltara com respeito com ninguém. Aidê será mais cedo que os outros tiveram que ir até a escola lá perto para descobrir qual o motivo da suspensão de Ricardo, ele sempre foi um menino tão atencioso e responsável.

Qual a sua surpresa ao chegar na escola a velha professora lhe relatou que o jovem fora agressivo com um colega:

- mas o que ele fez Dona Samira? Perguntava Aidê irritada com a idéia de uqe o seu afilhado tivesse agredido alguém.

- ele chingou o colega com palavras ofensivas.

- que palavras?

- expressões que não suporto nem mesmo pensar. Ele chamou o menino de invejoso, porque não tinha uma madrinha feito você Aidê.

- e o que há de mais nisto?

- madrinha pergunta o que o protegido dela falou da senhora? Dizia Ricardo mais que irritado.

- ele não falou nada demais. Apenas que não acreditava que você fosse apenas madrinha dele. Que era na verdade a mãe dele.

- onde esta esse menino? Quero eu mesma falar com ele. E não ache a senhora que eu concordo com a sua decisão de suspender o Ricardo. Ele me defendeu das injurias de seu predileto. Dona Samira eu fui aluna de sua mãe e ela sempre tratou a todos com a maior igualdade e respeito e não venha pra cá me fazer discurso de que meu afilhado foi mal criado, acha certo que alguém chingue alguém que não esteja presente? Gostaria que eu difamasse sua mãe na ausência dela? Ele fez como um homem de verdade faria. Ele agiu como eu agiria no lugar dele.

- agora a senhorita complicou muito minha situação perante meus alunos.

- meu afilhado me defende é agredido por moleque. Quem foi ele?

- ele quem?

- o menino que quis me diminuir?

- não vamos falar mais nisso entre minha aula já vai começar.

- foi o filho da dona Leopoldina dona Aidê. Respondeu atenciosamente Marília uma mocinha muito meiga e amiga de Ricardo. Ele falou mais que o Ricardo deve ter lhe falado, ele disse que senhora era amasia com seu Berte.

- o filho de Leopoldina. Não vou nem falar com ele. Vou direto ao pai dele. Essa historia professora está apenas começando.

Aidê saiu em disparada em seu cavalo, em um minuto estava na vila. Amarrou o cavalo em uma marizeira que ficava peto da praça e caminhou em direção ao comercio de seu Marcondes. Ao falar-lhe o que havia ocorrido na escola completou mais meia dúzia de verdades:

-meu afilhado agiu como um verdadeiro cavalheiro. Me defendeu das ofensas de seu filho e ainda é suspenso das aulas? Espero pelo menos que o senhor se digne a falar com ele.

- Aidê lhe conheço a tempo suficiente para saber que você não me procuraria a menos que fosse um tema deveras importante. Realmente a conduta de meu filho foi desprezível. Ele agiu como um canalha. Vou conversar com e se palavras não resolverem teremos uma conversa mais seria. Hoje mesmo quando fores buscar seu menino Ricardo pode ter certeza de que estarei lá meu filho lhe pedirá desculpas a você e ao Ricardo onde já se viu uma coisa dessas justo comigo amigo de seu pai. Alias hoje faz 16 anos que sua morreu.

- e a mãe do Ricardo também. Elas estavam juntas quando o carro explodiu e pai dele também. Era pra que eu ele estivéssemos lá. Mas ele ficou doente e eu fiquei com ele em cassa. Quando a noticia chegou pensei que eu ia morrer. Mas a mãe dele me pediu no hospital para tomasse conta do filho dela. E é o que fasso. Alias dos meus irmãos também. A minha sorte é quando a dona Galbanita chega que me ajuda no que pode. Alias ela deve estar chegando. Que horas são?

- são 09: 00 da manhã. O ônibus vindo da capital chega em 10 minutos pode ser que ela venha nele.

- ela garantiu na ultima carta que chegaria hoje. Ele está La em casa ansioso com chagada. Principalmente por certa surpresa que ela afirmou trazer.

- mas o que será? Perguntava seu Marcondes mais curioso que o jovem Radamés.

No final da estradinha de terra uma poeira era avistada e um menino sem correndo repetia:

-lá vem o ônibus, lá vem o ônibus.

Toda a cidade se aproximava da estação para ver quem viria nele. Quando o veiculo parou Aidê de longe observava toda a movimentação ouviu a voz de dona Galbanita falando angustiada. Aidê a procurava em meio a confusão de pés e mãos que se encontravam aos montes. Mas Aidê observava sempre a direção da voz. E ela avistava aquela mulher morena bem forte, morena de cabelos bem presos com um vestido estampado e malas na mão ainda confusa com a viagem tão longa.

- madrinha estou aqui. Aqui madrinha perto da banca de bilhetes.

- a minha filha que viagem maluca esta que fiz. você não vai acreditar. Sai da cidade era quase duas da manhã o ônibus quebrou pouco depois de sairmos e ainda tive que suportar o Bianco reclamando de que o ônibus estava muito cheio e que a cidade estava demorando demais a chegar. E que isso e aquilo...

-ele veio com a senhora? Onde ele está?

- eu estou aqui Aidê minha querida. Você não mudou nada do que eu lembrava. Continua a mesma menina de cabelo de menino e cara de malvada.

Falava em suas costas uma voz de homem um tanto conhecida. Só podia ser uma pessoa. Aidê se vira e percebe que é Bianco o filho da sua madrinha:

- e você vejam só o mesmo idiota de sempre, mas espere onde estão as sardas? Elas sumiram? Deve ter sido a única coisa que mudou em você. Que bom te ver. Então você era a surpresa que a madrinha tanto falou na carta.

Aglae Diniz
Enviado por Aglae Diniz em 22/08/2012
Código do texto: T3843477
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