A MÁGICA INVERTIDA (II)
Cansada de tanto andar, Elisa começa a passar mal, com náuseas e tonturas. Encosta-se no muro da tal clínica e percebe que na casa ao lado há uma placa de vende-se, como o portão estava meio aberto, ela entrou e sentou-se numa cadeira empoeirada na varando, esperando passar a crise para voltar para casa.
Nesse instante, chegam duas pessoas, um homem mais velho e um rapaz, com incrível semelhança entre eles e Elisa ouve a conversa entre eles dizendo como o portão tinha ficado aberto depois da última visita. Elisa levanta-se rapidamente, com medo do que diriam aquelas pessoas, e nisso, uma nova onda de náusea e tontura a faz cair diante do homem mais velho. Os dois, Seu Carlos e Paulo, assustaram-se com a cena inesperada e apressaram-se em socorrer Elisa.
Seu Carlos que estava na frente ergueu a moça, enquanto Paulo abria a porta. Os dois a seguraram e a deitaram no sofá. Elisa recuperou-se devagar depois de tomar um copo com água, acalmando os enjoos.
Quando já estava bem, sentou-se e pediu desculpas aos donos da casa por estar sentada na varanda, explicando que começou a sentir-se mal. Os dois asseguraram que não havia nenhum problema, pois nada de mais aconteceu.
Paulo foi ao mercado ao lado comprar algumas coisas para preparar uma refeição, pois com a casa à venda, lá não fica nada, mas com a visita inesperada era preciso providenciar o almoço.
Enquanto isso, Elisa já recuperada, começou a contar para Seu Carlos sua trágica história. Contou-lhe que é sozinha no mundo, pois os pais foram mortos num acidente há 5 anos. Contou-lhe o seu caso com Rogério e o aborto do seu filho. Seu Carlos, um crente em Deus convicto, ficou apavorado com a história, mas nada disse e Elisa continuou com a narrativa até o momento em que perguntou pela clínica que era ao lado.
Aí percebeu Seu Carlos sério, taciturno e perguntou o que estava acontecendo. Aí o homem com lágrimas nos olhos, contou a mais triste história que Elisa já tinha ouvido. Contou que a casa estava a venda por causa da morte da esposa de Paulo e pelo mesmo motivo que a clínica de aborto foi fechada. Ana Paula, esposa de Paulo, morreu fazendo um aborto lá. Aí a polícia foi acionada e fechou a clínica. Elisa ficou apavorada com o que ouviu e levou a mão ao ventre. Nesse instante entra Paulo em casa, anunciando que vai fazer o almoço. Quando viu Elisa pálida a ponto de desmaiar , lembrou-se de tudo o que passou. Estático, branco, parecia que também iria desmaiar.
Seu Carlos, percebendo tudo, disse aos dois que conversassem que ele iria providenciar a comida entre que os dois caíssem ali mesmo, disse rindo e afastou-se com as compras.
Paulo providenciou uma rápida limpeza na varanda e os dois sentaram-se lá.
Paulo pediu a Elisa que contasse sua história, já que ela sabia a dele. A moça gaguejando, em lágrimas, contou toda a história para Paulo. O rapaz, pálido, mudo, ouviu tudo. Quando a moça terminou a narrativa, Paulo levantou-se e disse que iria buscar um café para os dois. Fez isso nem tanto pelo café, mas para respirar um pouco e colocar as ideias no lugar.
Quando voltou, Elisa já estava mais composta e já não chorava. Então Paulo começou a falar. Explicando como Ana Paula perdeu a vida ao matar pela própria vontade o filho deles que estava esperando. Quando descobriu a gravidez, Ana Paula, modelo de moda, não disse nada nem a ele e simplesmente foi fazer o aborto. Saiu de uma sessão de fotos diretamente para a clínica. De madrugada, já em casa, começou a sangrar e aos gritos, foi internada, mas nada havia para ser feito. Morreu antes do dia clarear.
Paulo então disse que a casa está à venda e como apareceu um provável comprador ele e o pai foram lá preparar tudo para a mostra. Disse ainda que foi a sorte dela, pois poderia ter morrido, tendo visto que da rua ninguém a veria caída na varanda. Elisa estremeceu violentamente diante dessa possibilidade.
Nesse momento, seu Carlos chamou os dois para almoçar e disse que não admitiria recusa de Elisa.
Sentaram-se para a refeição com seu Carlos fazendo uma pequena oração de agradecimento a Deus por tudo. Paulo e Elisa ficam muito comovidos e comeram em silêncio.
FINAL DA SEGUNDA PARTE
Estrela Radiante
"Imagem do Google"
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Cansada de tanto andar, Elisa começa a passar mal, com náuseas e tonturas. Encosta-se no muro da tal clínica e percebe que na casa ao lado há uma placa de vende-se, como o portão estava meio aberto, ela entrou e sentou-se numa cadeira empoeirada na varando, esperando passar a crise para voltar para casa.
Nesse instante, chegam duas pessoas, um homem mais velho e um rapaz, com incrível semelhança entre eles e Elisa ouve a conversa entre eles dizendo como o portão tinha ficado aberto depois da última visita. Elisa levanta-se rapidamente, com medo do que diriam aquelas pessoas, e nisso, uma nova onda de náusea e tontura a faz cair diante do homem mais velho. Os dois, Seu Carlos e Paulo, assustaram-se com a cena inesperada e apressaram-se em socorrer Elisa.
Seu Carlos que estava na frente ergueu a moça, enquanto Paulo abria a porta. Os dois a seguraram e a deitaram no sofá. Elisa recuperou-se devagar depois de tomar um copo com água, acalmando os enjoos.
Quando já estava bem, sentou-se e pediu desculpas aos donos da casa por estar sentada na varanda, explicando que começou a sentir-se mal. Os dois asseguraram que não havia nenhum problema, pois nada de mais aconteceu.
Paulo foi ao mercado ao lado comprar algumas coisas para preparar uma refeição, pois com a casa à venda, lá não fica nada, mas com a visita inesperada era preciso providenciar o almoço.
Enquanto isso, Elisa já recuperada, começou a contar para Seu Carlos sua trágica história. Contou-lhe que é sozinha no mundo, pois os pais foram mortos num acidente há 5 anos. Contou-lhe o seu caso com Rogério e o aborto do seu filho. Seu Carlos, um crente em Deus convicto, ficou apavorado com a história, mas nada disse e Elisa continuou com a narrativa até o momento em que perguntou pela clínica que era ao lado.
Aí percebeu Seu Carlos sério, taciturno e perguntou o que estava acontecendo. Aí o homem com lágrimas nos olhos, contou a mais triste história que Elisa já tinha ouvido. Contou que a casa estava a venda por causa da morte da esposa de Paulo e pelo mesmo motivo que a clínica de aborto foi fechada. Ana Paula, esposa de Paulo, morreu fazendo um aborto lá. Aí a polícia foi acionada e fechou a clínica. Elisa ficou apavorada com o que ouviu e levou a mão ao ventre. Nesse instante entra Paulo em casa, anunciando que vai fazer o almoço. Quando viu Elisa pálida a ponto de desmaiar , lembrou-se de tudo o que passou. Estático, branco, parecia que também iria desmaiar.
Seu Carlos, percebendo tudo, disse aos dois que conversassem que ele iria providenciar a comida entre que os dois caíssem ali mesmo, disse rindo e afastou-se com as compras.
Paulo providenciou uma rápida limpeza na varanda e os dois sentaram-se lá.
Paulo pediu a Elisa que contasse sua história, já que ela sabia a dele. A moça gaguejando, em lágrimas, contou toda a história para Paulo. O rapaz, pálido, mudo, ouviu tudo. Quando a moça terminou a narrativa, Paulo levantou-se e disse que iria buscar um café para os dois. Fez isso nem tanto pelo café, mas para respirar um pouco e colocar as ideias no lugar.
Quando voltou, Elisa já estava mais composta e já não chorava. Então Paulo começou a falar. Explicando como Ana Paula perdeu a vida ao matar pela própria vontade o filho deles que estava esperando. Quando descobriu a gravidez, Ana Paula, modelo de moda, não disse nada nem a ele e simplesmente foi fazer o aborto. Saiu de uma sessão de fotos diretamente para a clínica. De madrugada, já em casa, começou a sangrar e aos gritos, foi internada, mas nada havia para ser feito. Morreu antes do dia clarear.
Paulo então disse que a casa está à venda e como apareceu um provável comprador ele e o pai foram lá preparar tudo para a mostra. Disse ainda que foi a sorte dela, pois poderia ter morrido, tendo visto que da rua ninguém a veria caída na varanda. Elisa estremeceu violentamente diante dessa possibilidade.
Nesse momento, seu Carlos chamou os dois para almoçar e disse que não admitiria recusa de Elisa.
Sentaram-se para a refeição com seu Carlos fazendo uma pequena oração de agradecimento a Deus por tudo. Paulo e Elisa ficam muito comovidos e comeram em silêncio.
FINAL DA SEGUNDA PARTE
Estrela Radiante
"Imagem do Google"
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