O TEMOR E A EMOÇAO DE SER PAI
—Por que está tão calada? Parece preocupada. Tenho impressão de que tem algo importente para me dizer.
—E tenho – chorando – Eu estou gravida...
Tito sentiu o sangue fugir-lhe do rosto. E agora? Que fazer? Ele gostava da Bel, mas não estava pronto para casar. Não podia safar-se como um irresponsável, mas também não tinha como assumir um filho.
Bel era muito nova e ele estava se preparando para entrar na Faculdade, tinham tanta coisa para fazer antes de serem pais!
Mas a natureza não aceita desculpas, age de acordo com suas regras e pronto.
Eles é que deviam ter pensado nisso, mas não, aproveitaram-se um descuido dos pais dela que eram muito rigorosos...
Não esperavam que acontecesse isso logo na primeira vez, aliás, não pensaram em nada e agora estava ai o resultado e não sabiam o que fazer.
—Eu quero morrer!
—Eu também. Vamos nos matar juntos?
—Não! Deus me livre!
—Então, o que vamos fazer?
—Um aborto. Eu falo com um amigo que conhece um cara...
Ha poucos dias a Bel fora visitar uma amiga recém-casada que tinha seu primeiro filho, a coisinha mais fofa deste mundo.
Apalpou a barriga imaginando que lá dentro estava um bebê e que esse bebe era seu filho! Seu e do Tito! Não! Ela não podia matá-lo.
—Você quer realmente que eu faça um aborto?
—Não, isso não! vamos fugir
—Fugir? Como? Pra onde?
—Pra qualquer lugar. A gente trabalha, mora na rua, pede esmolas, qualquer coisa. Seremos pobres, mas há tanta gente pobre. Pobre também vive!
—Não! Eu não teria coragem. Deve haver outra saída.
—Outra saída seria contar aos nossos pais e esperar a paulada!
—Meu pai é violento. É capaz de matá-lo.
—Acho que não chegará a tanto, mas uma boa sova com certeza eu levarei. Não tem importância, eu mereço.
Chorando:
—Estou com tanto medo!
—Vamos fazer o seguinte, eu falo com meu pai e você fala com sua mãe. Acho que é a melhor solução.
—Então está resolvido. Faremos assim. Tchau... papai...!
Tito sorriu amarelo, mas sentiu o coração aquecer-se:
—Tchau... mamãe...
—E tenho – chorando – Eu estou gravida...
Tito sentiu o sangue fugir-lhe do rosto. E agora? Que fazer? Ele gostava da Bel, mas não estava pronto para casar. Não podia safar-se como um irresponsável, mas também não tinha como assumir um filho.
Bel era muito nova e ele estava se preparando para entrar na Faculdade, tinham tanta coisa para fazer antes de serem pais!
Mas a natureza não aceita desculpas, age de acordo com suas regras e pronto.
Eles é que deviam ter pensado nisso, mas não, aproveitaram-se um descuido dos pais dela que eram muito rigorosos...
Não esperavam que acontecesse isso logo na primeira vez, aliás, não pensaram em nada e agora estava ai o resultado e não sabiam o que fazer.
—Eu quero morrer!
—Eu também. Vamos nos matar juntos?
—Não! Deus me livre!
—Então, o que vamos fazer?
—Um aborto. Eu falo com um amigo que conhece um cara...
Ha poucos dias a Bel fora visitar uma amiga recém-casada que tinha seu primeiro filho, a coisinha mais fofa deste mundo.
Apalpou a barriga imaginando que lá dentro estava um bebê e que esse bebe era seu filho! Seu e do Tito! Não! Ela não podia matá-lo.
—Você quer realmente que eu faça um aborto?
—Não, isso não! vamos fugir
—Fugir? Como? Pra onde?
—Pra qualquer lugar. A gente trabalha, mora na rua, pede esmolas, qualquer coisa. Seremos pobres, mas há tanta gente pobre. Pobre também vive!
—Não! Eu não teria coragem. Deve haver outra saída.
—Outra saída seria contar aos nossos pais e esperar a paulada!
—Meu pai é violento. É capaz de matá-lo.
—Acho que não chegará a tanto, mas uma boa sova com certeza eu levarei. Não tem importância, eu mereço.
Chorando:
—Estou com tanto medo!
—Vamos fazer o seguinte, eu falo com meu pai e você fala com sua mãe. Acho que é a melhor solução.
—Então está resolvido. Faremos assim. Tchau... papai...!
Tito sorriu amarelo, mas sentiu o coração aquecer-se:
—Tchau... mamãe...
Este texto faz parte do Exercício Criativo GEOGRAFIA DO MEDO
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