Aninha

-Aninha!...Aninha!...Aninha...
Era sempre assim. A mãe chamava e Aninha não respondia. Mas a mãe sabia onde ela estava. Era sempre o mesmo esconderijo.
Aninha cresceu. Deixou de ser Aninha e passou a ser mãe Ana, dona Ana, vovó Ana, vózinha. Envelheceu, esclerosou.
-Vózinha!...Vózinha... Vózinha...
A neta sabia onde ela estava. Era sempre o mesmo esconderijo. Abria o guarda roupa e dizia:- Vózinha sai daí, por favor.
E a vózinha dizia:-
-Psiuuuu eu sou a Aninha...


Edamaria
Enviado por Edamaria em 18/07/2012
Reeditado em 18/07/2012
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