Primitivos do amor

Tempos remotos que caras e bocas falavam, por palavras sem sons, o homem então vivia por tais sinais, que expressavam o que sentia. Ali mais um estava e o seu destino não imaginava...

Quando foste sair da caverna na qual sua tribo vivia, uma bela mulher que passava, por sua vez ele o avistaria, ao olhar fulminante da moça, o mesmo não sabia o que expressava, se congelava, ou euforia;

E por gesto e fantasia, idealizava o que sabia, por todo dia a mesma por lá passava e aos teus sinais correspondiam, mais um novo amanhecer, ninguém avistou o nômade à vagar pela tribo, foste à partir em busca, daquele amor proibido;

Em milhas caminhou para conhecer, a primitiva, o segredo, a coragem e o medo. Chegou num estranho mundo à se apresentar, para um líder de uma tribo pela qual o céu temia, ao senhor da estranha quis falar, com a esperança de com a mesma foste assim ficar, e em sua terra jamais querer voltar;

Um pedido foi concebido, mas não esperava o teu castigo, não sabia usar o fogo, caçar ''selvagens'', mamutes, ferozes e expostos, e da tribo foi banido. Humilhado, desesperado, uma raiva em seu coração ao som do vento passava, só o amor por aquela moça, naquele instante era a sua calma;

Pois muitos outros em sua frente já dominavam os costumes que, os

chefes e líderes para-os determinavam, ao longe observou a sua perda, e teus pés queimados na areia da estrada, e nos olhos da sua amada, uma lágrima se encontrou;

Ao regredir e voltar para a o seu povo, só avistara o nada, sua tribo foste embora e por um inimigo fora dizimada, sem ação e emoção, partiu para longe então, a sua história, chegada, sua partida... estavam acabadas;

No relevo e nas montanhas do destino o tempo lhe ultrapassou, alguns povos evoluiram, e ele ali ficou, mas no estranho da vida um sábio o encontrou, um mestre que julgava-se o senhor;

O fogo queimava a água que molhou a sua história, por dias e frias, o sábio lhe ensinara as técnicas da vida e da vitória, incertos, teus olhos falavam, tua boca sorria;

O sábio, pela linha do tempo a verdade lhe contou, o teu povo foi dizimado, pelo chefe do teu amor, o nômade respirou, no silêncio se calou, e em um gladiador se transformou, na qual foi treinado por grandes técnicas, e tais saltos;

Na mente refletia, a vingança já surgia, uma raiva e rancor para com o malfeitor, por noite então lembrava da sua vida quase acabada, do medo da inocência, da amada, como uma ponte não atravessada;

O tempo passou, partiu-se o gladiador, e tua volta se contemplou com o ódio e o amor, dias longos, noite sólida, ventos fortes era o teu abrigo, numa ânsia mórbida;

Na fervura da noite, à tua guerra ele partiu para a tribo do perigo, sem qualquer cerimônia e temer o inimigo, na escolta dos insetos selvagens, só o grande malfeitor em teus olhos era a sua única imagem;

Teus sentidos congelaram, ao avistar a bela moça da janela, pós um sorriso que veio dela, a mesma desapontada fugiu, sumiu na precária sacada, a porta da vitória ainda estava fechada;

Correu para ti, o chefe enfim, os teus capangas à acionar, convidaram à todos para o nômade assim matar, respostas caladas, portas fechadas e uma guerra declarada;

A poeira coloriu o céu, a lua se calou, um fim era preciso e muito sangue derramou, mas uma estrela ali brilhava, era o amor da sua amada, a paz e maldade, a mentira e a verdade, de longe o chefe observava;

Mas algo ele não acreditava, todos os inimigos no chão e o nômade de pé estava, ao delírio dos olhos do inimigo, não sabia que apenas um, era o teu maior perigo;

Pelo modo que não falava, por sinais ele afirmava, a minha família você matou, mas a minha vingança não terminou, com o teu osso em forma de flecha, partiu em direção ao chefe, lentamente caminhou;

Sem temer e um querer, com teu grande poder, ele matou o malfeitor, na promessa então cumprida, a batalha para ele, jamais será esquecida, e nos olhos da amada, o sorriso lhe contava, a vitória merecida;

Em teus braços lhe saudou, e no horizonte enfim olhou, e partiu com teu amor. Antiguidade, antepassado, um homem estranho almiscarado, uma vez se apaixonou, traçando guerras, relendo paz a cada dia, por mares e desertos, seguindo de um jeito incerto, com a tua amada vivia.

Doni Pereira
Enviado por Doni Pereira em 23/06/2012
Reeditado em 22/03/2013
Código do texto: T3740527
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