Quando ela seduz

(...) Tarde de um domingo, que promete coisas alucinantes, hoje para conquistá-lo ela está disposta a tudo. Tomou o banho mais demorado, velas com cheiro de morango estavam espalhadas por toda casa, com pétalas brancas e vermelhas pelo chão, cenário para alguém que estava, pronta para atacar. Vai até o espelho, e veste seu melhor vestido, entre todas as cores de batom, ela escolhe o vermelho, a cor do pecado e do desejo, usa o seu perfume mais doce, aquele que o aroma envolve de longe. Ela pretende surpreende-lo, quer satisfazer de todas as maneiras os seus desejos mais profundos, quer fazê-lo suar frio, quer que a deseje, que suplique por ela. Além de sedutora, ela é má, uma ótima amante insaciável.

Ela ouve bater na porta, vai com toda paciência atender, com o olhar mais penetrante ela despe sua alma, já o enfeitiçou. Como um tolo vidrado, ele já pode ser possuído de todas as maneiras;

Começa com um longo beijo, doce e ao mesmo tempo ardente, ele nem sabe mais quem é, esta tão envolvido que nada mais importa, apenas aquela mulher que seus olhos enxergam com tanto desejo.

Ela não perdoa, quer saciar os seus instintos mais indecentes, seus beijos calientes, vão descendo bem de mancinho por seu corpo todo, eles se entregam, deitados no chão da sala sobre um tapete aveludado, uma música suave, taças de vinho, um cenário completo para amar, e ele apenas se deixa conduzi-lo a este mundo paralelo de pecados.

Aquela tarde que estava fria, se transformou em uma noite vulcânica, ela o consome a noite inteira.

Depois de satisfeita, ela olha diretamente e diz:

- Vai embora.

Ele fica surpreso, por que ir, se esta tudo tão maravilhoso, por que não continuar...

Eu falei que ela era má, ela só queria usar (...).