CINQUENTA ANOS DEPOIS – continuação do Conto UM AMOR IMPOSSÍVEL
A grande família dispersou-se, os jovens preferiram ir para a cidade estudar, assumir outras profissões, lá se casaram, constituíram novas famílias e os primos em segundo e terceiros graus mal se conheciam.
Mas naquela tarde festiva todos se reuniram na igreja ricamente enfeitada onde se realizava o casamento de Décio e Mariana, primos em terceiro grau que herdaram de seus avós os nomes de batismo e por uma dessas inexplicáveis ironias do destino, a mesma atração reciproca.
Vivendo em outra época puderam proclamar o seu amor e vir realmente por livre e espontânea vontade receber-se como marido e mulher perante o sacerdote e todos familiares e amigos.
Décio e Mariana já estavam viúvos e foram convidados pelos netos para serem seus padrinhos de casamento.
Portanto estavam lado a lado no altar, como sempre tentando e não conseguindo esconder a emoção que sentiam sempre que estavam próximos.
Mas terminada a cerimônia, quando os noivos se beijaram diante do altar, trocaram um olhar e não puderam deixar de rir lembrando daquela noite de S. João com a lamparina quebrada e os pães de queijo espalhados pelo chão...
A festa de casamento estendeu-se pela noite adentro, parentes afastados se encontrando num clima de muita alegria.
Décio e Mariana ficaram juntos e puderam conversar muito.
Lá pelas tantas Mariana foi até a sacada onde ficou a fitar a paisagem noturna e pela enésima vez recordava o beijo dado há tantos anos. Estava distraída lembrando o passado quando sentiu o calor de duas mãos tapando seus olhos ali na semi-escuridão.
Teve a impressão que aquelas mãos tivessem vivido com ela pela vida toda, tão familiar lhe pareceram.
Sentiu a respiração dele junto à nuca, tentou afastar-se. Ele insistiu. .Então ela o recebeu nos lábios, trêmula como se ainda fosse uma mocinha ingênua no momento do primeiro beijo...
Ao fim da festa, antes que os noivos se despedissem, Décio pediu a palavra e para surpresa geral comunicou que ia casar-se com a Mariana e estavam todos convidados para a festa.
Os dois estavam apreensivos sem imaginar qual seria a reação dos netos, mas estes, passado o instante de surpresa, bateram palmas e gritaram:
Beija! Beija! Beija!
A grande família dispersou-se, os jovens preferiram ir para a cidade estudar, assumir outras profissões, lá se casaram, constituíram novas famílias e os primos em segundo e terceiros graus mal se conheciam.
Mas naquela tarde festiva todos se reuniram na igreja ricamente enfeitada onde se realizava o casamento de Décio e Mariana, primos em terceiro grau que herdaram de seus avós os nomes de batismo e por uma dessas inexplicáveis ironias do destino, a mesma atração reciproca.
Vivendo em outra época puderam proclamar o seu amor e vir realmente por livre e espontânea vontade receber-se como marido e mulher perante o sacerdote e todos familiares e amigos.
Décio e Mariana já estavam viúvos e foram convidados pelos netos para serem seus padrinhos de casamento.
Portanto estavam lado a lado no altar, como sempre tentando e não conseguindo esconder a emoção que sentiam sempre que estavam próximos.
Mas terminada a cerimônia, quando os noivos se beijaram diante do altar, trocaram um olhar e não puderam deixar de rir lembrando daquela noite de S. João com a lamparina quebrada e os pães de queijo espalhados pelo chão...
A festa de casamento estendeu-se pela noite adentro, parentes afastados se encontrando num clima de muita alegria.
Décio e Mariana ficaram juntos e puderam conversar muito.
Lá pelas tantas Mariana foi até a sacada onde ficou a fitar a paisagem noturna e pela enésima vez recordava o beijo dado há tantos anos. Estava distraída lembrando o passado quando sentiu o calor de duas mãos tapando seus olhos ali na semi-escuridão.
Teve a impressão que aquelas mãos tivessem vivido com ela pela vida toda, tão familiar lhe pareceram.
Sentiu a respiração dele junto à nuca, tentou afastar-se. Ele insistiu. .Então ela o recebeu nos lábios, trêmula como se ainda fosse uma mocinha ingênua no momento do primeiro beijo...
Ao fim da festa, antes que os noivos se despedissem, Décio pediu a palavra e para surpresa geral comunicou que ia casar-se com a Mariana e estavam todos convidados para a festa.
Os dois estavam apreensivos sem imaginar qual seria a reação dos netos, mas estes, passado o instante de surpresa, bateram palmas e gritaram:
Beija! Beija! Beija!